São Paulo, Sábado, 01 de Maio de 1999
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OSCAR
Academia queria extinguir categoria
Documentário curto pode permanecer

AMIR LABAKI
da Equipe de Articulistas

A comovente Keiko Ibi pode não mais ter sido a última vencedora do Oscar para documentários curtos (40 minutos ou menos de duração) com seu "The Personals: Improvisations on Romance in the Golden Years". Segundo decisão anunciada em janeiro passado, a categoria seria extinta a partir do Oscar 2000, mas nesta semana a questão foi reaberta num intenso debate dentro do comitê diretivo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
A decisão definitiva ficou para a próxima reunião, em junho. Uma volta atrás parece provável e teria precedente. Em 1992 a Academia decidira eliminar os Oscar concedidos a curtas tanto de ficção quanto documentais, mas revogou a decisão sob forte pressão de grandes nomes da indústria.
O filme agora se repete. Há dez dias um abaixo-assinado de poderosos de Hollywood foi publicado como anúncio em publicações especializadas defendendo a manutenção do prêmio. "Os Oscar para filmes curtos são fonte de inspiração para cineastas e espectadores do mundo inteiro", dizia o anúncio. Assinado: Francis Ford Coppola, Spike Lee, Robert Redford, Martin Scorsese, Meryl Streep e Barbra Streisand, entre outros.
O presidente da Academia, Robert Rehme, tentou resistir. "Não se discute que os documentários de longa-metragem são uma parte vital e significativa da indústria. Mas a atitude frente aos curtas não é racional", disse à "Variety" antes da reunião. "Compreendo e simpatizo com a posição dos realizadores de documentários curtos. Mas essa não é nossa missão."


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