São Paulo, terça-feira, 01 de junho de 2004

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MÚSICA

Empresário Roberto Medina quer parceria internacional para viabilizar festival de 24 horas em Lisboa, Sydney e no Rio

Austrália entra na mira do Rock in Rio

GUILHERME GORGULHO
ENVIADO ESPECIAL A LISBOA

Depois de desembarcar em Portugal como organizador do Rock in Rio-Lisboa na última sexta-feira com um show do ex-Beatle Paul McCartney, o empresário carioca Roberto Medina, 56, quer viabilizar uma nova edição do festival no Brasil em 2007 por meio de patrocínio internacional.
Medina, publicitário que criou a marca em 1985, quer realizar uma edição simultânea do festival em três continentes: América (Rio), Europa (Lisboa) e Oceania (Sydney), o que permitiria o retorno do evento para o Brasil com o suporte estrangeiro.
Nesta semana, chega a Lisboa uma comissão de empresários e autoridades de Sydney para discutir a proposta e conhecer a Cidade do Rock, construída desta vez em uma área de 200 mil m2 no parque da Bela Vista.
A intenção é ter 24 horas ininterruptas de espetáculos musicais nos três continentes, aproveitando a diferença de fuso horário e transmitindo ao vivo para a TV.
O festival português, que termina no próximo fim de semana, tem sido visto em mais de 40 países, atingindo cerca de 750 milhões de espectadores.
Antes mesmo do primeiro final de semana do Rock in Rio-Lisboa, a organização reduziu a estimativa de público -inicialmente de 500 mil para os seis dias do evento- para 380 mil. Desde sexta-feira, quando o ex-beatle tocou pela primeira vez em Portugal, até o show de encerramento de anteontem, com o Foo Fighters, o festival recebeu 155 mil pessoas.
Grande atração da abertura do festival, McCartney levou ao palco várias canções nunca tocadas pelos Beatles ao vivo. O "goth metal" do Evanescence e os americanos do Foo Fighters, que zombaram do cancelamento do show do Guns N" Roses no próprio evento, também marcaram o primeiro fim de semana. Outro destaque do sábado foi o ministro da Cultura, Gilberto Gil, que empolgou o público com um repertório de samba, reggae, maracatu e forró.
O temor de um atentado fez autoridades portuguesas e a organização do festival apostarem na segurança. A revista na entrada do festival foi rigorosa, com detectores de metais e grupos especializados em localização de explosivos.
O Rock in Rio-Lisboa continua no próximo fim de semana com Metallica, Incubus, Slipknot, Sepultura, Moonspell, Daniela Mercury, Black Eyed Peas, Britney Spears, Sugababes, Pedro Abrunhosa e os Bandemónio, Sting, Alicia Keys, Alejandro Sanz e Ivete Sangalo no palco principal.


O jornalista Guilherme Gorgulho viajou a convite do Rock in Rio-Lisboa

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