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ANIMAÇÃO
Repaginado, "Astro Boy" voa novamente
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A sua televisão anda infestada
por robôs, naves espaciais e serezinhos de olhos grandes? Pode colocar a culpa em "Astro Boy", primeiro personagem de sucesso da
animação japonesa, que volta ao
Cartoon Network em nova série
hoje, às 16h30.
Primogênito dos estúdios Mushi, do "deus do mangá", Osamu
Tezuka (1928-89), "Astro Boy" estreou na TV japonesa em 1963,
tornou-se uma espécie de Mickey
Mouse nacional e, de lá para cá,
conseguiu puxar a invasão dos
animês (desenhos japoneses) no
Ocidente graças a uma aliança entre boas histórias e um custo baixo de produção por episódio.
Foi justamente a falta de grana,
no início da década de 60, que fez
com que Tezuka e seus então dois
(!) ajudantes optassem por uma
animação com poucos quadros,
privilegiando essencialmente a
narrativa sobre o movimento.
Closes, imagens justapostas,
movimentos de câmera: nasceu
com "Astro Boy" -que inicialmente era também conhecido por
"Tetsuwan Atom"- a estética
dos animês como a conhecemos
atualmente.
Mais de 40 anos depois, entretanto, a nova série foi transferida
das mãos da Mushi para as da
Sony Pictures. Conseqüentemente, o orçamento engordou, e as seqüências de animação -agora
coloridas- ganharam muito
mais efeitos.
O roteiro, parte sagrada da produção para Tezuka, permaneceu
intocado: no ano 2030, cientista
decide criar um robô à imagem e
à semelhança de seu filho, morto
em um acidente de carro. O experimento não cumpre o objetivo e,
abandonado por seu criador, é
adotado por um bom sujeito, defensor da convivência pacífica entre homens e andróides.
O quê? Já viu esse filme antes?
Pois é. Provavelmente, a culpa
também deve ser de Tezuka.
ASTRO BOY. Quando: estréia hoje e de
seg. a sex., às 16h30, no Cartoon
Network.
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