São Paulo, quinta-feira, 01 de junho de 2006

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Bambas prestam homenagem a Dino Sete Cordas em show no Rio

Tributo ao violonista teve Paulinho da Viola, Beth Carvalho e Yamandú Costa

LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO

As lágrimas do filho Dininho e do irmão Jorginho do Pandeiro no início do show se transformaram em sorrisos ao fim da homenagem a Dino Sete Cordas, ao som de "Carinhoso". O tributo foi realizado no teatro Carlos Gomes, no Rio, anteontem à noite, três dias após a morte, aos 88 anos, de um dos maiores violonistas brasileiros.
Como lembrou Ronaldo do Bandolim, Dino era um brincalhão, e esse clima tomou conta do palco. O Época de Ouro, grupo criado em 1966 por Jacob do Bandolim e do qual Dino fez parte, acompanhou Yamandú Costa, Beth Carvalho e Paulinho da Viola. Yamandú, 26, interpretou "Noite de Lua", valsa que tocou com Dino nas poucas vezes em que as duas gerações se encontraram.
Beth Carvalho cantou "Aperto de Mão", a composição de maior sucesso de Horondino Silva, feita em parceria com Jayme Florence. Era com seus nomes de batismo que Dino e Meira assinavam suas canções. A cantora ainda interpretou "Folhas Secas" e "As Rosas Não Falam", dois sambas que lançou acompanhada por Dino.
Paulinho abriu seu bloco com "Canção para Maria", samba de 1966 em que pela primeira vez Dino o acompanhou. Dino foi mestre e uma espécie de tio de Paulinho. Era irmanado com seu pai, César Faria, o melhor violão seis-cordas depois do de Meira a fazer par com o sete-cordas de Dino.
Esse instrumento remonta à primeira metade do século 20, tocado por China, irmão de Pixinguinha, e Tute. Mas foi Dino, a partir de 1952, que começou a explorar todas as suas potencialidades, não o deixando limitado aos graves da sétima corda -as chamadas baixarias.


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