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Bambas prestam homenagem a Dino Sete Cordas em show no Rio
Tributo ao violonista teve Paulinho da Viola, Beth Carvalho e Yamandú Costa
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO
As lágrimas do filho Dininho
e do irmão Jorginho do Pandeiro no início do show se transformaram em sorrisos ao fim
da homenagem a Dino Sete
Cordas, ao som de "Carinhoso".
O tributo foi realizado no teatro
Carlos Gomes, no Rio, anteontem à noite, três dias após a
morte, aos 88 anos, de um dos
maiores violonistas brasileiros.
Como lembrou Ronaldo do
Bandolim, Dino era um brincalhão, e esse clima tomou conta
do palco. O Época de Ouro, grupo criado em 1966 por Jacob do
Bandolim e do qual Dino fez
parte, acompanhou Yamandú
Costa, Beth Carvalho e Paulinho da Viola. Yamandú, 26, interpretou "Noite de Lua", valsa
que tocou com Dino nas poucas
vezes em que as duas gerações
se encontraram.
Beth Carvalho cantou "Aperto de Mão", a composição de
maior sucesso de Horondino
Silva, feita em parceria com
Jayme Florence. Era com seus
nomes de batismo que Dino e
Meira assinavam suas canções.
A cantora ainda interpretou
"Folhas Secas" e "As Rosas Não
Falam", dois sambas que lançou acompanhada por Dino.
Paulinho abriu seu bloco
com "Canção para Maria",
samba de 1966 em que pela primeira vez Dino o acompanhou.
Dino foi mestre e uma espécie
de tio de Paulinho. Era irmanado com seu pai, César Faria, o
melhor violão seis-cordas depois do de Meira a fazer par
com o sete-cordas de Dino.
Esse instrumento remonta à
primeira metade do século 20,
tocado por China, irmão de Pixinguinha, e Tute. Mas foi Dino, a partir de 1952, que começou a explorar todas as suas potencialidades, não o deixando
limitado aos graves da sétima
corda -as chamadas baixarias.
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