|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Grunge "cult", Mudhoney toca no Brasil
Em quase 20 anos de carreira, banda criou hits roqueiros como "Suck You Dry" e "Touch Me I'm Sick"
DA REPORTAGEM LOCAL
No início dos anos 90, o Mud-honey foi colocado no meio do
rolo compressor do grunge,
mas nunca atingiu o sucesso
comercial de outras bandas de
Seattle, como Nirvana, Pearl
Jam ou Soundgarden. Mesmo
assim, ganhou um certo status
cult, principalmente devido às
furiosas apresentações ao vivo.
O Brasil tem nova oportunidade de conferir a banda em
shows hoje, em São Paulo, no
clube Clash, e amanhã, em Brasília, no festival Porão do Rock.
Liderado pelo vocalista Mark
Arm e pelo guitarrista Steve
Turner, o Mudhoney tem entre
seus fãs, por exemplo, Everett
True, o jornalista britânico que
"descobriu" o Nirvana. E a banda é uma das incluídas no livro
"Our Band Could Be Your Life"
(Nossa banda poderia ser sua
vida), em que Michael Azerrad
lista alguns grupos cruciais para entender o rock americano,
como Sonic Youth, Butthole
Surfer, Hüsker Dü etc.
O Mudhoney já esteve no
Brasil duas vezes. A primeira,
em 2001. A segunda, no final de
2005, quando abriu os shows
do Pearl Jam.
Por telefone, Mark Arm diz
que as apresentações desta semana serão baseadas em músicas de todas as fases da banda.
"Devemos misturar muitas
canções antigas com algumas
dos discos mais recentes." Depois do Brasil, o grupo excursiona pela Europa e, entre setembro e outubro, começa a
gravar novo álbum.
Com quase duas décadas de
estrada, Arm fala das dificuldades de posicionar o Mudhoney
em meio a tantas bandas que
surgem a cada dia.
"A coisa mais difícil para nós
é que estamos num ponto em
que estamos casados, dois de
nós temos filhos, alguns têm
outros empregos...", conta o vocalista. "Fizemos algum dinheiro com a banda nesses anos todos, mas esse nunca foi o objetivo principal, foi mais um acidente feliz. Nunca nos preocupamos muito com o que está
nas paradas pop."
A banda é dona de músicas
até hoje dançadas em pistas roqueiras, como "Touch Me I'm
Sick", "Suck You Dry", "Blinding Sun" e "Generation Spokesmodel". Ao vivo, cresce bastante. Por quê? "Não sei, talvez
porque sejamos realmente
apaixonados pelo que fazemos", diz Arm, que até hoje trabalha na gravadora Sub Pop, o
selo que alavancou as principais bandas de Seattle.
(THIAGO NEY)
MUDHONEY
Quando: hoje, às 22h
Onde: Clash (r. Barra Funda, 969,
São Paulo; tel. 0/xx/11/3661-1500)
Quanto: de R$ 60 a R$ 80
Texto Anterior: Raio-X Próximo Texto: Wilco muda e lança álbum otimista Índice
|