São Paulo, sexta-feira, 01 de junho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Grunge "cult", Mudhoney toca no Brasil

Em quase 20 anos de carreira, banda criou hits roqueiros como "Suck You Dry" e "Touch Me I'm Sick"

DA REPORTAGEM LOCAL

No início dos anos 90, o Mud-honey foi colocado no meio do rolo compressor do grunge, mas nunca atingiu o sucesso comercial de outras bandas de Seattle, como Nirvana, Pearl Jam ou Soundgarden. Mesmo assim, ganhou um certo status cult, principalmente devido às furiosas apresentações ao vivo.
O Brasil tem nova oportunidade de conferir a banda em shows hoje, em São Paulo, no clube Clash, e amanhã, em Brasília, no festival Porão do Rock. Liderado pelo vocalista Mark Arm e pelo guitarrista Steve Turner, o Mudhoney tem entre seus fãs, por exemplo, Everett True, o jornalista britânico que "descobriu" o Nirvana. E a banda é uma das incluídas no livro "Our Band Could Be Your Life" (Nossa banda poderia ser sua vida), em que Michael Azerrad lista alguns grupos cruciais para entender o rock americano, como Sonic Youth, Butthole Surfer, Hüsker Dü etc.
O Mudhoney já esteve no Brasil duas vezes. A primeira, em 2001. A segunda, no final de 2005, quando abriu os shows do Pearl Jam.
Por telefone, Mark Arm diz que as apresentações desta semana serão baseadas em músicas de todas as fases da banda. "Devemos misturar muitas canções antigas com algumas dos discos mais recentes." Depois do Brasil, o grupo excursiona pela Europa e, entre setembro e outubro, começa a gravar novo álbum.
Com quase duas décadas de estrada, Arm fala das dificuldades de posicionar o Mudhoney em meio a tantas bandas que surgem a cada dia.
"A coisa mais difícil para nós é que estamos num ponto em que estamos casados, dois de nós temos filhos, alguns têm outros empregos...", conta o vocalista. "Fizemos algum dinheiro com a banda nesses anos todos, mas esse nunca foi o objetivo principal, foi mais um acidente feliz. Nunca nos preocupamos muito com o que está nas paradas pop."
A banda é dona de músicas até hoje dançadas em pistas roqueiras, como "Touch Me I'm Sick", "Suck You Dry", "Blinding Sun" e "Generation Spokesmodel". Ao vivo, cresce bastante. Por quê? "Não sei, talvez porque sejamos realmente apaixonados pelo que fazemos", diz Arm, que até hoje trabalha na gravadora Sub Pop, o selo que alavancou as principais bandas de Seattle. (THIAGO NEY) MUDHONEY
Quando:
hoje, às 22h
Onde: Clash (r. Barra Funda, 969, São Paulo; tel. 0/xx/11/3661-1500)
Quanto: de R$ 60 a R$ 80


Texto Anterior: Raio-X
Próximo Texto: Wilco muda e lança álbum otimista
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.