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Os espetáculos do Festival Internacional de Dança (FID) começam amanhã na capital mineira com a apresentação da Cie. de Brune, da canadense Lynda Gaudreau. Maior atração do evento em Minas Gerais, a companhia não realiza turnê nacional como os franceses do Gilles Jobin (veja texto ao lado) e os espanhóis do La Ribot (que se apresentam no Sesc Anchieta, em São Paulo, dia 10).
Seria a oportunidade do público brasileiro conhecer o trabalho de Lynda Gaudreau, uma das que mais se destacam no cenário mundial da dança.
A coreógrafa conseguiu ser notada por gente do quilate de Jerôme Bell, Meg Stuart e Jonathan Burrows, estrelas da dança contemporânea, com sua original combinação de movimento e artes plásticas - principalmente a pintura.
A ocupação do espaço pelos bailarinos, o uso da cor ambiente e o volume dos objetos em cena fazem referência aos grandes mestres da arte.
Lynda, que tem formação em filosofia e história da arte, fundou a Cie. de Brune, com sede em Montreal (Canadá), há 12 anos. Descoberta pelos diretores do Klapstuk, um dos mais importantes festivais de dança contemporânea do mundo, a coreógrafa conquistou prestígio internacional com o espetáculo "Still Life 1".
Em entrevista à Folha por telefone, de Montreal, Lynda afirmou que a dança, atualmente, parece caminhar mais para o entretenimento. "Hoje, a maioria dos coreógrafos não está preocupada em desenvolver um trabalho de pesquisa do movimento. Não é esse o meu caminho", diz. (DCae)

O quê: Cie. de Brune - Festival Internacional de Dança Onde: Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.500, Belo Horizonte, tel. 0/xx/ 31/237-7333) Quando: amanhã, às 21h Quanto: R$ 10



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