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PATRIMÔNIO
Ab'Saber critica Condephaat no caso Oficina
DA REPORTAGEM LOCAL
O geógrafo Aziz Ab'Saber, do
Instituto de Estudos Avançados
da USP, e o diretor-técnico do
Condephaat, órgão estadual responsável pela preservação do patrimônio histórico, João Guilherme de Castro, polarizaram o debate sobre a construção de empreendimento comercial do Grupo Silvio Santos no quarteirão da
Bela Vista, em São Paulo, onde está localizado o teatro Oficina, que
abrigou o encontro anteontem.
Castro argumentou que o pré-projeto aprovado pelo Condephaat em 1997 "é viável e legal".
Disse que o impedimento de
construção na área envoltória do
imóvel, em um raio de 300 metros, não se encaixa no caso do
Oficina, já vizinho de um prédio
residencial e de um viaduto.
"Não é verdade que apenas o
alicerce do teatro foi tombado,
mas principalmente o seu valor
histórico e cultural", afirma
Ab'Saber, que presidia o Condephaat em 1982 e diz ter se esforçado pessoalmente para aprovar o
tombamento do Oficina.
Castro diz que o Condephaat
atual "não tem força para controlar" o processo. Ab'Saber discorda: "Quem faz a força do Condephaat são seus membros. Que sejam trocados então por ilustres da
arquitetura e do urbanismo".
O encontro precedeu lançamento do livro "Teatro Oficina,
1980-1984", de Lina Bo Bardi, Edson Elito e José Celso Martinez
Corrêa, autografado pelos dois últimos. Entre os cerca de 300 presentes que a organização contou,
estavam a atriz octagenária Renée
Gumiel, o ator Hugo Possolo e
um grupo de sem-teto.
(VS)
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