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O OUTSIDER
Entre...sem bater
MARCELO LIMA
COLUNISTA DA REVISTA DA FOLHA
Quase no nível do chão, sofás
e pufês -em versões móveis,
para facilitar a aproximação-
convidam à permanência. Embalada por drinques exclusivos
e trilhas amplificadas -do frenético ao som das ondas- a atmosfera é quente e envolvente.
Relaxe e fique à vontade. Você
acaba de entrar em um dos
lounges da SPFW.
Elaborados pelos patrocinadores para recepcionar seus
convidados, além das muitas
celebridades de passagem pela
Bienal, eles são pontos de parada obrigatórios para quem pretende fugir -ou entrar de cabeça- no burburinho do evento. Se depender da decoração,
no entanto, o que não faltam
são opções.
Destinados a seduzir um público de idade -ou vocação-
jovem, Trama, Melissa e Motorola investem em uma abordagem noturna.
Iconografia e fotografias ampliadas, de sabor deliciosamente pop, se impõem de forma ostensiva no lounge da Rhodia.
Por meio de um adesivo contínuo, o visitante pode percorrer
três décadas de história da
companhia, estampada em
centenas de imagens que recobrem inteiramente a sala.
A valorização da costura, do
detalhe, tendência em alta simultaneamente na moda e na
decoração, aparece representada no lounge da Tim, que exibe
delicados painéis bordados,
confeccionados com exclusividade pela carioca Coopa-Roca.
Na mesma linha, o aspecto
táctil e a riqueza do artesanato
brasileiro são explorados com
maestria pela Natura, que propõe uma ambientação suave,
montada com base em madeiras e fibras vegetais -impregnada de aromas nativos- que
reproduz com exatidão os interiores da loja da marca recentemente aberta em Paris.
Mas se a idéia for mesmo, ao
menos por alguns momentos,
se imaginar distante do agito
fashion, vale visitar o espaço Vicunha, que, por meio de sons e
imagens, oferece o cenário de
uma praia distante. Com direito a espreguiçadeiras, areia e
água de coco. Difícil resistir.
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