DA REPORTAGEM LOCAL

Do Josh que queria ser grande em 1988 ao já crescidinho dr. Robert Langdon de 2006, Tom Hanks embolsou alguns milhões de dólares, enfeitou a estante com dois Oscars e escapou imune do carma que assombra os "pixotes" de Hollywood: fama súbita, egolatria, drogas, alcoolismo, limbo.
Todo mundo se lembra do advogado com HIV de "Filadélfia" e do adorável bobão Forrest Gump, certo? Já da infância conturbada, dos dois casamentos ou do próximo destino de férias dos Hanks, pouco ou nada se ouve falar. A marca desse californiano é a discrição.
Porta-voz da turma low profile, ele destila doses de bom mocismo (e fala um pouco sobre sua carreira também...) hoje à noite, na poltrona do "Inside the Actors Studio".
Na conversa com James Lipton, Hanks relembra as peças dos tempos de escola e diz que optou pela dramaturgia como profissão porque, moleque, só levava jeito para as artes cênicas e para o vôlei.
Espirituoso, o ator consegue o nosso perdão pelas "babas" que se sucederam depois do "tour de force" como o náufrago do filme de 2000. Tirando o curioso "Prenda-me Se For Capaz" e a bela minissérie "Band of Brothers", títulos como "Matadores de Velhinhas" e "O Terminal" estão abaixo do padrão a que ele nos acostumou.