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São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003

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POPLOAD

A volta do Kraftwerk e... Brody Armstrong

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

Sabe a eletrônica? O electro?
Então... A música começa a ser bombardeada pelas notícias de uma possível volta do fantástico grupo alemão Kraftwerk, os patriarcas do pop robótico.
Pode ser e pode não ser.
Na semana que vem, na Inglaterra, será lançado o álbum "Tour de France 2003 Soundtracks", cheio de composições eletrônicas novas do quarteto Messrs Hutter, Schneider, Hilpert e Schmitz.
Mas há um mistério. Não se sabe até que ponto as músicas são mesmo novas ou trechos de canções velhas retrabalhadas no computador. De todo modo, o disco é uma homenagem aos cem anos da famosa e charmosíssima competição ciclística da França, que foi finalizada nesta semana.
O CD traz uma versão reconstruída da obra-prima electro "Tour de France", single do Kraftwerk de 1983. Vinte anos atrás.
Um jornalista do diário britânico "The Guardian" pegou um avião e foi até Dusseldorf ver se desvendava o mistério da volta do Kraftwerk. E jura que teve indícios de que a mítica banda, que já tocou no Free Jazz no Brasil (antológico, para quem viu), está trancada no fechadíssimo estúdio KlingKlang, trabalhando em material novo -mesmo.
Mas vai saber.
O KlingKlang é um dos locais mais misteriosos do mundo para uma banda de qualquer gênero. Tão esquisito quanto a opção do Kraftwerk de se desligar do mundo. O estúdio não tem telefone, fax, recepcionista e, segundo o "Guardian", toda correspondência que chega lá é devolvida fechada. O Kraftwerk não dá entrevistas. Quando raramente concede um papo, um assunto é terminantemente proibido na conversa: sobre Kraftwerk.
Desde 1978 eles não posam para uma foto de divulgação. Como dizem no Rio, "sinistro".
Esta mulher é o bicho. É a cantora da banda australiana punk pop The Distillers, radicada na Califórnia.
Enterre a comportada Courtney Love. Brody já é considerada a mulher número 1 no rock e começa a ver seu rosto lindo, mas surrado, com dois piercings na boca, aparecer por todo lugar.
Maquiagem estourada, uma voz algo rouca, a garota não é fácil. Tem um passado mais pesado que o Eminem, na questão "infância difícil, problemas familiares". O segundo disco deles, "Sing Sing Death House", está por aí para quem quiser ouvir. Se você tiver que escolher uma só música do grupo para ouvir, pegue "The Young Crazed Peeling".
Tenho a impressão que Brody Armstrong vai frequentar bastante este espaço.

lucio@uol.com.br


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