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POPLOAD
A volta do Kraftwerk e... Brody Armstrong
LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA
Sabe a eletrônica? O electro?
Então... A música começa a
ser bombardeada pelas notícias
de uma possível volta do fantástico grupo alemão Kraftwerk, os
patriarcas do pop robótico.
Pode ser e pode não ser.
Na semana que vem, na Inglaterra, será lançado o álbum "Tour
de France 2003 Soundtracks",
cheio de composições eletrônicas
novas do quarteto Messrs Hutter,
Schneider, Hilpert e Schmitz.
Mas há um mistério. Não se sabe até que ponto as músicas são
mesmo novas ou trechos de canções velhas retrabalhadas no
computador. De todo modo, o
disco é uma homenagem aos cem
anos da famosa e charmosíssima
competição ciclística da França,
que foi finalizada nesta semana.
O CD traz uma versão reconstruída da obra-prima electro
"Tour de France", single do Kraftwerk de 1983. Vinte anos atrás.
Um jornalista do diário britânico "The Guardian" pegou um
avião e foi até Dusseldorf ver se
desvendava o mistério da volta do
Kraftwerk. E jura que teve indícios de que a mítica banda, que já
tocou no Free Jazz no Brasil (antológico, para quem viu), está
trancada no fechadíssimo estúdio
KlingKlang, trabalhando em material novo -mesmo.
Mas vai saber.
O KlingKlang é um dos locais
mais misteriosos do mundo para
uma banda de qualquer gênero.
Tão esquisito quanto a opção do
Kraftwerk de se desligar do mundo. O estúdio não tem telefone,
fax, recepcionista e, segundo o
"Guardian", toda correspondência que chega lá é devolvida fechada. O Kraftwerk não dá entrevistas. Quando raramente concede
um papo, um assunto é terminantemente proibido na conversa: sobre Kraftwerk.
Desde 1978 eles não posam para
uma foto de divulgação. Como dizem no Rio, "sinistro".
Esta mulher é o bicho. É a cantora
da banda australiana punk pop
The Distillers, radicada na Califórnia.
Enterre a comportada Courtney
Love. Brody já é considerada a
mulher número 1 no rock e começa a ver seu rosto lindo, mas surrado, com dois piercings na boca,
aparecer por todo lugar.
Maquiagem estourada, uma voz
algo rouca, a garota não é fácil.
Tem um passado mais pesado
que o Eminem, na questão "infância difícil, problemas familiares". O segundo disco deles, "Sing
Sing Death House", está por aí para quem quiser ouvir. Se você tiver que escolher uma só música
do grupo para ouvir, pegue "The
Young Crazed Peeling".
Tenho a impressão que Brody
Armstrong vai frequentar bastante este espaço.
lucio@uol.com.br
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