São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003 |
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JOÃO PAULO CUENCA O melhor de Parati é andar pelas ruas desertas da cidade nas suas madrugadas de baixa temporada. Entre as esquinas tortas e escuras, o vento afinando pedras e as casas vazias, o ar que se respira é centenário, quase morto. Depois de uma dúzia de epifanias regadas a cerveja do único boteco aberto até tarde, ali perto da rua da Matriz (boteco mesmo, de cerveja de garrafa e ovo colorido), vem o sono vago e despreocupado, sem hora pra acordar. Durante o dia, a boa é andar pela cidade. O entorno reúne paisagens contrastantes o tempo inteiro. Não sei dizer de nenhum dos restaurantes caros. Passo por eles como um cão, penetra, cheirando ossadas de pedra em Parati. João Paulo Cuenca, 24, é músico e escritor Texto Anterior: Santiago Nazarian Próximo Texto: Chico Mattoso Índice |
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