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Performática, Silvia Machete lança CD entre samambaias e lustres
Em "Extravaganza", cantora mantém união de música e circo
MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO
Os bambolês que fizeram
tanto sucesso na temporada
passada não vão mais girar
na cintura de Silvia Machete.
Artista de 34 anos com experiência em circo e teatro de
rua, a carioca lança hoje seu
segundo álbum de estúdio.
"Extravaganza", o show,
mantém o fundamento do
trabalho anterior: a música
surge inseparável da performance. Ela entra em cena
atravessando samambaias
de plástico, corujas, raposas,
borboletas, veadinho. Há
também um lustre-trapézio.
"Do mesmo jeito que lembram de mim como "a Silvia
do bambolê", é capaz que eu
vire "a Silvia do lustre'", diz.
"Minha performance gerou
preconceito contra o trabalho musical. Nem todo mundo entende que as duas coisas podem andar juntas. Mas
não vou pedir desculpa por
nada que faço."
Tudo poderia mesmo soar
só piada se não estivesse sustentada no ótimo repertório
de "Extravaganza", o álbum.
Lançamento da Coqueiro
Verde, gravadora de Erasmo
Carlos, traz parceria inédita
de Silvia com o "patrão" e outras com o veterano Hyldon e
o jovem Rubinho Jacobina
(da Orquestra Imperial).
À moda tropicalista, Silvia
trabalha sempre no meio-fio
entre a sinceridade confessional e a absoluta ironia.
Aqui, usou canções de Itamar Assumpção ("Noite Torta") e Jorge Mautner ("Manjar de Reis") para pular entre
um lado e outro dessa linha.
Com eles por perto, o risco de
cair no chão diminui muito.
SILVIA MACHETE
QUANDO: hoje, às 19h
ONDE: Auditório Ibirapuera (av.
Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão
2; tel. 0/xx/ 11/3629-1075)
QUANTO: R$ 30 (livre)
JOSÉ SIMÃO
O colunista está em férias
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