São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2010

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Performática, Silvia Machete lança CD entre samambaias e lustres

Em "Extravaganza", cantora mantém união de música e circo

MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO

Os bambolês que fizeram tanto sucesso na temporada passada não vão mais girar na cintura de Silvia Machete.
Artista de 34 anos com experiência em circo e teatro de rua, a carioca lança hoje seu segundo álbum de estúdio.
"Extravaganza", o show, mantém o fundamento do trabalho anterior: a música surge inseparável da performance. Ela entra em cena atravessando samambaias de plástico, corujas, raposas, borboletas, veadinho. Há também um lustre-trapézio. "Do mesmo jeito que lembram de mim como "a Silvia do bambolê", é capaz que eu vire "a Silvia do lustre'", diz.
"Minha performance gerou preconceito contra o trabalho musical. Nem todo mundo entende que as duas coisas podem andar juntas. Mas não vou pedir desculpa por nada que faço."
Tudo poderia mesmo soar só piada se não estivesse sustentada no ótimo repertório de "Extravaganza", o álbum.
Lançamento da Coqueiro Verde, gravadora de Erasmo Carlos, traz parceria inédita de Silvia com o "patrão" e outras com o veterano Hyldon e o jovem Rubinho Jacobina (da Orquestra Imperial).
À moda tropicalista, Silvia trabalha sempre no meio-fio entre a sinceridade confessional e a absoluta ironia. Aqui, usou canções de Itamar Assumpção ("Noite Torta") e Jorge Mautner ("Manjar de Reis") para pular entre um lado e outro dessa linha. Com eles por perto, o risco de cair no chão diminui muito.


SILVIA MACHETE

QUANDO: hoje, às 19h
ONDE: Auditório Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 2; tel. 0/xx/ 11/3629-1075)
QUANTO: R$ 30 (livre)

JOSÉ SIMÃO
O colunista está em férias


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