São Paulo, sábado, 1 de agosto de 1998

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No filme, astros se tornam coadjuvantes da música

da Sucursal do Rio

Quando começou a escrever o roteiro de "O Tempo de Bossa Nova", Kate Lyra pensou em fazer um filme de ficção.
Depois de ler e reler materiais de arquivo e vasculhar a própria memória, concluiu que na história da bossa nova havia "personagens demais, fortes demais".
Transformou todos em coadjuvantes e elegeu "a própria música como protagonista e musa inspiradora".
No ritmo da batida que o famoso LP de Elizete Cardoso, "Canção do Amor Demais", inaugurou em abril de 1958 e que mais tarde veio a ser considerado o marco inicial da bossa nova, Kate pretende desfiar 40 anos da história do Brasil.
Fatos como a mudança da capital para Brasília, a conquista do bicampeonato mundial de futebol, em 1962, a instalação do primeiro reator nuclear da América Latina pela Universidade de São Paulo e a inauguração do primeiro canal de televisão brasileiro, a TV Tupi, serão lembrados.
Os "coadjuvantes" vão estar presentes em materiais de arquivo de Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Elis Regina, Maysa e outros.
Carlos Lyra, Roberto Menescal, Baden Powell, Mièle, Alaíde Costa, entre outros, vão dar depoimentos sobre suas experiências no movimento.
"O interessante será ouvir as mesmas histórias contadas de formas diferentes por cada personagem", disse Kate.
Até mesmo aquelas que são sabidamente mitos, mas cuja versão verdadeira as pessoas se recusam a aceitar, como contou o escritor Ruy Castro em seu livro "Chega de Saudade -A História e as Histórias da Bossa Nova".
(AL)



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