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No filme, astros se tornam coadjuvantes da música
da Sucursal do Rio
Quando começou a escrever o
roteiro de "O Tempo de Bossa
Nova", Kate Lyra pensou em fazer um filme de ficção.
Depois de ler e reler materiais de
arquivo e vasculhar a própria memória, concluiu que na história da
bossa nova havia "personagens
demais, fortes demais".
Transformou todos em coadjuvantes e elegeu "a própria música
como protagonista e musa inspiradora".
No ritmo da batida que o famoso
LP de Elizete Cardoso, "Canção
do Amor Demais", inaugurou em
abril de 1958 e que mais tarde veio
a ser considerado o marco inicial
da bossa nova, Kate pretende desfiar 40 anos da história do Brasil.
Fatos como a mudança da capital para Brasília, a conquista do bicampeonato mundial de futebol,
em 1962, a instalação do primeiro
reator nuclear da América Latina
pela Universidade de São Paulo e a
inauguração do primeiro canal de
televisão brasileiro, a TV Tupi, serão lembrados.
Os "coadjuvantes" vão estar
presentes em materiais de arquivo
de Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Elis Regina, Maysa e outros.
Carlos Lyra, Roberto Menescal,
Baden Powell, Mièle, Alaíde Costa, entre outros, vão dar depoimentos sobre suas experiências no
movimento.
"O interessante será ouvir as
mesmas histórias contadas de formas diferentes por cada personagem", disse Kate.
Até mesmo aquelas que são sabidamente mitos, mas cuja versão
verdadeira as pessoas se recusam a
aceitar, como contou o escritor
Ruy Castro em seu livro "Chega
de Saudade -A História e as Histórias da Bossa Nova".
(AL)
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