São Paulo, quarta-feira, 01 de outubro de 2008

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LANÇAMENTOS

CDs

MPB
Nara Tropicália

NARA LEÃO
Gravadora: Universal; Quanto: R$ 25, em média; Avaliação: bom
Como o tropicalismo foi um projeto de convivência (com atritos) entre diversas vertentes da música brasileira, tudo pode caber sob o rótulo. O CD duplo "Nara Tropicália" é uma coletânea de faixas dos discos feitos por Nara Leão entre 1967 e 1969, os anos do movimento, acrescidas de gravações que podem ter ligação com as idéias tropicalistas, como "Ta-hi", sucesso de Carmen Miranda. Há escolhas discutíveis, mas o que importa é ouvir a elegância característica de Nara.
POR QUE OUVIR: Sua versão de "Fez Bobagem" é linda, sem falar em "Lindonéia", "O Circo" e outras. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Rock
Writer's Block

PETER BJORN AND JOHN
Gravadora: Universal; Quanto: R$ 25, em média; Avaliação: bom
Levando em conta que hoje poucas pessoas compram CDs, o lançamento nacional tardio do terceiro disco desta banda sueca, de 2006, serve mais como espécie de lembrança dos divertidos shows de sua recente turnê brasileira. Em poucas palavras, estão aqui o principal hit das pistas alternativas do ano passado, a excelente e simples "Young Folks"; faixas que demonstram uma paixão pelos anos 80, na psicodelia melancólica e gélida de "Amsterdam" e "Up Against the Wall"; além de reverência à sonoridade suja e "low fi" das bandas indie americanas dos anos 90, em músicas como "Poor Cow".
POR QUE OUVIR: Peter Bjorn and John ainda buscam identidade, mas já conseguem criar pérolas pop. (BRUNO YUTAKA SAITO)

Rock
Álbum Branco

VÁRIOS
Gravadora: Coqueiro Verde; Quanto: R$ 29, em média; Avaliação: regular
Possivelmente a banda que mais teve versões de suas músicas gravadas por outros artistas, os Beatles passam pela década das efemérides de 40 anos -no ano passado, foi "Sgt. Pepper's"; neste ano, o "White Album"; no próximo, "Abbey Road" etc. E é claro que no Brasil a coisa não é diferente, então temos este "Álbum Branco", CD duplo em que diversas bandas e artistas nacionais refazem o clássico do quarteto.
POR QUE OUVIR: Algumas boas versões, como a reggaeira de "Ob-la-di, Ob-la-da", pelos Britos, e a de "The Continuing Story of Bungalow Bill", por Daniel Tendler, valem a audição, mas o resultado total das 30 faixas não empolga. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO)

Pop
Kelly Key

KELLY KEY
Gravadora: Som Livre; Quanto: R$ 25, em média; Avaliação: regular
Kelly Key é uma figura essencial no pop do Brasil. Quem mais nos traria pepitas como "Te na-mo-rar.../Foi um sonho que durou até você vacilar" (no funk romântico "Larguei") ou, quando lembra Beyoncé: ""Quer carona?'/ Pergunta errada!/ "Me dá seu telefone?'/ Essa eu não vou responder" (de "A Fila Anda"). Mas nem com muita boa vontade dá para não reparar na breguice de alguns dos arranjos deste disco -"Mexe" é um axé eletrônico, com um constrangedor vocal masculino (um tal de Jojo) gritando "Kelly Key, Jojo".
POR QUE OUVIR: Kelly Key já foi mais abusada, mas o disco vale por momentos como "Me pega de jeito que eu não consigo dizer não" ("Pega de Jeito"). (THIAGO NEY)



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