|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
CRÍTICA SUSPENSE
Em "Sabotagem", a inocência do espetáculo é desnudada
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
É verdade que "Sabotagem" (TCM, 15h55, 12 anos)
tem lá seus problemas, e
Hitchcock bem o reconhecia.
Ele lamentava, por exemplo,
a falta de suspense na sequência em que um menino
leva uma bomba-relógio.
Quando explode, é inesperado, apenas. Surpreendente:
Hitchcock não gostava disso.
Mas há coisas encantadoras. Por exemplo, a ideia de
que o sabotador seja um gerente de cinema, o que sabota a inocência do espetáculo:
o agradável e o terrível convivem com frequência.
Que se veja a imagem das
freiras que riem de maneira
diabólica (Truffaut chama
atenção para elas): é Hitchcock, parece Buñuel.
Por fim, o primeiro nome
do filme no Brasil foi "O Marido Era o Culpado". Não
muda nada, mas que parece
aquelas piadas de português, parece.
Texto Anterior: Melhor do dia Próximo Texto: Resumo das novelas Índice | Comunicar Erros
|