São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

CRÍTICA SUSPENSE

Em "Sabotagem", a inocência do espetáculo é desnudada

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É verdade que "Sabotagem" (TCM, 15h55, 12 anos) tem lá seus problemas, e Hitchcock bem o reconhecia. Ele lamentava, por exemplo, a falta de suspense na sequência em que um menino leva uma bomba-relógio. Quando explode, é inesperado, apenas. Surpreendente: Hitchcock não gostava disso.
Mas há coisas encantadoras. Por exemplo, a ideia de que o sabotador seja um gerente de cinema, o que sabota a inocência do espetáculo: o agradável e o terrível convivem com frequência.
Que se veja a imagem das freiras que riem de maneira diabólica (Truffaut chama atenção para elas): é Hitchcock, parece Buñuel.
Por fim, o primeiro nome do filme no Brasil foi "O Marido Era o Culpado". Não muda nada, mas que parece aquelas piadas de português, parece.


Texto Anterior: Melhor do dia
Próximo Texto: Resumo das novelas
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.