São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Em "Disque M", Hitchcock dá lição de adaptação teatral

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em "Disque M para Matar" (TCM, 20h05, 14 anos), Hitchcock dá, como sempre, sua aula de cinema. No caso, sobre adaptação teatral. Ele tinha em mãos a peça em que um tenista pobretão vê o casamento com uma herdeira ameaçado por outro homem e contrata um assassino para liquidá-lo.
A lição: se a virtude de uma peça consiste, justamente, em concentrar toda a ação em um só lugar, por que "adaptá-la" e adicionar, artificialmente, umas tantas sequências, para torná-la "cinematográfica"?
O resultado é que se perde em diálogo e em concentração. Perde-se, portanto, em cinema.
É um filme feito para a Warner e faz parte da primeira geração do 3D. Seria fantástico hoje, quando o sistema retornou aperfeiçoado, que "Disque M" pudesse voltar às telas, a essas telas que, atualmente, nos condenam a ver uma fieira infindável de animações infantis.


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