São Paulo, terça-feira, 01 de novembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Grafiteiro francês ataca lojas de luxo

DA EDITORA DE MODA

Armado com um extintor de incêndio carregado de tinta, o grafiteiro e pichador Kidult é o terror das grifes de luxo.
Francês radicado em Nova York, ele viaja o mundo atacando vitrines e campanhas de marcas como Dior e Louis Vuitton (que nos últimos anos incorporaram o grafite a seus produtos). De Paris, ele falou à Folha.

 

Folha - A moda "suga" o grafite?
Kidult -
A indústria da moda usa o grafite para atrair jovens. Antes, a arte de rua era considerada muito "suja" por essas grifes de luxo, que agora querem posar de modernas.

O que acha dos grafiteiros que se ligam a grifes?
Respeito, contanto que saibam a diferença entre vender um trabalho artístico e vender alma. Não é certo que marcas se apropriem disso e usem o artista para ditar o que é feio ou bonito. O artista não deve criar por encomenda.

O grafite legalizado enfraquece a cena?
O grafite está perdendo seu poder subversivo, virando pintura acadêmica. A essência do grafite é ser ilegal, é botar a arte num lugar inesperado, criar o choque. E existe o processo, o risco, a adrenalina. Se isso se perder, acabou.


Texto Anterior: Arte de guerrilha
Próximo Texto: Crítica/MPB: Marisa Monte lança novo álbum sem correr riscos
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.