DA REPORTAGEM LOCAL

Longe de ser um documentário egocentrado sobre um ator famoso, "Stephen Fry: Um Maníaco-Depressivo" é um rico material feito com base na vida do britânico, que ajuda a entender as diferenças de comportamento que os bipolares apresentam. Não é para fãs curiosos e sim para interessados em entender o distúrbio.
É verdade que o título pode desagradar aos bipolares: muitos não gostam do termo maníaco-depressivo, que classifica literalmente os dois extremos e gera certo preconceito. De resto, devem ficar satisfeitos com o esclarecimento abrangente que Fry apresenta no documentário, vencedor do Emmy deste ano. Além de expor sua própria história, o ator entrevista bipolares de diversas idades e estágios do distúrbio e até familiares de pessoas que não resistiram a crises de depressão e cometeram suicídio.
Todos os entrevistados, no entanto, rejeitam a busca pela "cura", que tiraria deles também o estágio de extrema euforia. Na definição de um dos entrevistados, "se você andou com os anjos, toda dor e sofrimento valem a pena". "Há outro mundo correndo em paralelo a esse mundo normal e chato, e a cortina se levanta quando estou maníaco", diz ele.
Em meio à intimidade de outros bipolares, o ator conta as principais crises que enfrentou e procura mostrar os tratamentos disponíveis. (CRISTINA FIBE) STEPHEN FRY

Quando: amanhã, às 0h30
Onde: GNT

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