São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2008

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Crítica

Eastwood resiste aos malefícios da indústria

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

De vez em quando alguém até brinca, dizendo que eu gosto de tudo o que Clint Eastwood filma. Não é bem assim. Nem tudo. Mas quase tudo.
Porque entre certos diretores (Clint, mas não só) e outros existe não a distância que vai de um filme "bom" a um menos "bom". Existe, sim, um vale a ser transposto.
Eastwood é um dos raros diretores que resiste à atividade daninha da indústria cultural sobre o cinema sem por isso ser afastado dessa indústria. Essa integridade vai dos filmes "bons" aos menos "bons". É o que falta a, digamos, Ridley Scott. O que ele fizer de melhor será sempre um produto a mais -às vezes bom. O que Clint fizer será, antes, acrescentar um novo fragmento a uma obra por vezes desigual, mas quase sempre íntegra.
Basta ver "Bronco Billy" (Cinemax Prime, 23h; classificação indicativa não informada): nesta nostálgica evocação do Oeste não se evita uma amargura sequer para vender mais bilhetes. É onde está toda a diferença.


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