São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2004

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DOCUMENTÁRIO

Johnny Depp protagoniza biografia inusual

BRUNO GHETTI
DA REDAÇÃO

Poucas coisas são tão parciais quanto as biografias de personalidades famosas feitas para a TV. Geralmente são compostas de depoimentos de amigos de infância, de colegas do biografado (e, às vezes, dele próprio), invariavelmente elogiosos.
"Grandes Nomes - Johnny Depp", que o GNT exibe hoje às 12h30, segue o mesmo esquema. A atriz Dianne Wiest diz que, quando Depp "está em cena, parece que nunca fez outro tipo de papel". Martin Landau explica que trabalhar com Depp "é como jogar uma boa partida de tênis: você nunca sabe de onde a bola virá, e isso o mantém alerta", para, em seguida, complementar: "É uma alegria trabalhar e estar com ele". E por aí vai.
A distinção da biografia de Johnny Depp está no próprio biografado. Sem papas na língua, Depp, que se tornou ator por acidente -queria trabalhar com música-, solta o verbo, revelando, por exemplo, sobre o filme "Gilbert Grape" (1993), de Lasse Hallström: "Para que servia aquele filme? Não entendi muito bem". E com frases mais agressivas, como "Hollywood é um monstro" ou "a mídia é um animal; só se pode lidar com ela pelo silêncio ou exercitando os dedos médios".
Depp estreou no cinema em "A Hora do Pesadelo" (1984), de Wes Craven, mas só virou um astro na série televisiva "Anjos da Lei", que lhe abriu portas para seu primeiro grande sucesso no cinema: "Edward Mãos de Tesoura" (1990), de Tim Burton. Sua carreira ficou marcada por sua atitude agressiva perante a imprensa e pela definição de Faye Dunaway no programa: "Depp sempre seguiu o seu próprio caminho".
De fato, o ator escolhe seus papéis e os diretores com quem trabalha. Em sua filmografia, constam colaborações com John Waters ("Cry-Baby", de 90), Emir Kusturica ("Arizona Dream", de 93) e Julian Schnabel ("Antes do Anoitecer", de 2000, em que interpretou o travesti Bon Bon).


GRANDES NOMES JOHNNY DEPP. Quando: hoje, às 12h30, no GNT.


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