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DOCUMENTÁRIO
Johnny Depp protagoniza biografia inusual
BRUNO GHETTI
DA REDAÇÃO
Poucas coisas são tão parciais
quanto as biografias de personalidades famosas feitas para a TV.
Geralmente são compostas de depoimentos de amigos de infância,
de colegas do biografado (e, às vezes, dele próprio), invariavelmente elogiosos.
"Grandes Nomes - Johnny
Depp", que o GNT exibe hoje às
12h30, segue o mesmo esquema.
A atriz Dianne Wiest diz que,
quando Depp "está em cena, parece que nunca fez outro tipo de
papel". Martin Landau explica
que trabalhar com Depp "é como
jogar uma boa partida de tênis:
você nunca sabe de onde a bola virá, e isso o mantém alerta", para,
em seguida, complementar: "É
uma alegria trabalhar e estar com
ele". E por aí vai.
A distinção da biografia de
Johnny Depp está no próprio biografado. Sem papas na língua,
Depp, que se tornou ator por acidente -queria trabalhar com
música-, solta o verbo, revelando, por exemplo, sobre o filme
"Gilbert Grape" (1993), de Lasse
Hallström: "Para que servia aquele filme? Não entendi muito bem".
E com frases mais agressivas, como "Hollywood é um monstro"
ou "a mídia é um animal; só se pode lidar com ela pelo silêncio ou
exercitando os dedos médios".
Depp estreou no cinema em "A
Hora do Pesadelo" (1984), de Wes
Craven, mas só virou um astro na
série televisiva "Anjos da Lei",
que lhe abriu portas para seu primeiro grande sucesso no cinema:
"Edward Mãos de Tesoura"
(1990), de Tim Burton. Sua carreira ficou marcada por sua atitude
agressiva perante a imprensa e
pela definição de Faye Dunaway
no programa: "Depp sempre seguiu o seu próprio caminho".
De fato, o ator escolhe seus papéis e os diretores com quem trabalha. Em sua filmografia, constam colaborações com John Waters ("Cry-Baby", de 90), Emir
Kusturica ("Arizona Dream", de
93) e Julian Schnabel ("Antes do
Anoitecer", de 2000, em que interpretou o travesti Bon Bon).
GRANDES NOMES JOHNNY DEPP.
Quando: hoje, às 12h30, no GNT.
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