|
Texto Anterior | Índice
Morre, aos 83, a pianista brasileira Anna Stella Schic
Campineira vivia na França desde 1971
DA REPORTAGEM LOCAL
A pianista Anna Stella Schic,
que nos anos 70 gravou a obra
integral do compositor Heitor
Villa-Lobos (1887-1959), morreu ontem, aos 83 anos, na cidade de Nice, na França. O anúncio da morte foi feito por sua filha, Sandra Lechartre. A causa
não foi divulgada.
Nascida em Campinas (a 93
km de São Paulo), Schic vivia na
França desde 1971 e fora casada
com o compositor francês Michel Philippot, que morreu em
1996. Segundo Lechartre, em
entrevista à agência France
Presse, Schic deixou de tocar
piano após a morte do marido.
A pianista fez seu primeiro
recital aos seis anos, em sua cidade natal. Estudou com José
Kliass (da escola Liszt) no Brasil, antes de se tornar aluna de
Marguérite Long, na França.
"Esta formação caracteriza
sua técnica e interpretação pianística. Uma de suas principais
características é sua militância
musical, preocupando-se em
revelar obras raramente tocadas dos grandes mestres, assim
como aquelas de compositores
contemporâneos", informa sua
página no site da Academia
Brasileira de Música, na qual
ela ocupava a cadeira 26, fundada pelo pianista e regente Valdemar de Oliveira (1900-1977).
A gravação de Schic para a
obra de Villa-Lobos, considerada impecável, foi feita em Paris,
em 1976 e 1977, e lançada pela
EMI, sendo depois editada em
CD pelo selo Solstice. Autora
do livro "Villa-Lobos: O Índio
Branco" (Imago), ela deu aulas
na Unesp, na UFRJ e no Conservatório Europeu de Paris.
Sua atividade como intérprete
lhe rendeu condecorações como a Ordem do Ipiranga e a Ordem do Mérito de Brasília.
Com agências internacionais.
Texto Anterior: Pintura intensa de Guinle ganha mostra no MAM Índice
|