São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2005

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Defesa de MJ diz que garoto ficou "sem controle"

DA REDAÇÃO

O advogado que encabeça a defesa do astro Michael Jackson, Thomas Mesereau Jr., disse ontem aos jurados do caso que as autoridades não encontraram evidências de DNA no quarto do cantor que pudessem apoiar a acusação de molestamento de crianças. Afirmou ainda que a suposta vítima e seu irmão ficaram "fora de controle" e pegaram revistas adultas e bebidas alcoólicas de Jackson sem permissão.
A argumentação de Mesereau indicou que o cantor, que não está na lista de testemunhas da defesa, deve prestar depoimento, ainda que o advogado não tenha afirmado isso explicitamente.
"Michael contará a vocês sobre a vez em que teve um mau pressentimento em Neverland", disse Mesereau, referindo-se ao rancho do cantor onde a acusação afirma que ele molestou um garoto.
O advogado declarou que Jackson teve o pressentimento quando levou o garoto que agora o acusa, a mãe dele e duas outras crianças ao seu cinema particular. "De repente, [a mãe do garoto] pegou a mão de Michael e de seu filho e disse "vamos nos ajoelhar e rezar com nosso papai, Michael Jackson'", disse Mesereau.
O advogado de defesa negou as acusações de que Jackson teria mostrado imagens de sexo explícito e dado bebidas alcoólicas ao menino e a seu irmão.
Mesereau disse que, em certa ocasião, o astro encontrou o garoto lendo uma revista de material adulto, tirou-a de suas mãos e a escondeu. Em outro momento, os garotos teriam sido vistos com bebidas alcoólicas quando Jackson não estava na casa.
Após as observações da defesa, a promotoria chamou como sua primeira testemunha o jornalista britânico Martin Bashir, que fez o documentário para TV "Vivendo com Michael Jackson", que foi exibido para os jurados. Nele, o astro diz que costuma dividir sua cama com crianças e aparece de mãos dadas com um menino de 13 anos, que depois o acusaria de molestamento -caso resolvido com um acordo multimilionário.


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