São Paulo, domingo, 02 de maio de 2010

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A terra, o homem, a luta, o cinema

Folha visita a mítica Canudos, onde 73% dos habitantes têm Bolsa Família e que ganha, agora, o primeiro cineclube

ANA PAULA SOUSA
ENVIADA ESPECIAL A CANUDOS (BA)

Quando Euclydes da Cunha escreveu sua obra mais famosa, o sertão de Canudos ainda não tinha virado mar. Mas tinha ficado famoso pela guerra e pelo "desnorteado apóstolo" Antônio Conselheiro. Da publicação de "Os Sertões" (1902) para cá, Canudos foi alagada por um açude, reerguida e mitificada.
Sergio Rezende fez o filme "Guerra de Canudos", Zé Celso levou a saga ao teatro e dezenas de produtores culturais vieram à cidade com editais, câmeras e laptops. "As pessoas vêm, levam nossa história e Canudos segue aqui, paradinha", diz Darlene dos Santos, 16.
Desta vez, o que chegou foi um cineclube. O acervo inicial é formado por títulos da GloboFilmes. Na cidade em que 73% dos habitantes recebem o Bolsa Família e o celular existe há menos de um ano, o cinema parece anunciar, para os jovens, uma nova narrativa para a sina descrita em "Os Sertões". Para os mais velhos, é outro sonho que a cidade verá murchar.

As jornalistas ANA PAULA SOUSA e LETÍCIA MOREIRA viajaram a convite da organização do Cine Fest.



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