|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Outro Canal
Daniel Castro - dcastro@folhasp.com.br
Pilar do SBT, carnê do Baú definha aos 50
Símbolo da televisão brasileira dos anos 60, 70 e 80, o carnê
do Baú é um objeto em extinção. Primeiro negócio do conglomerado empresarial de Silvio Santos e pilar da criação do
SBT, o carnê só não acabou
porque o Grupo Silvio Santos
está comemorando 50 anos.
Desde setembro, a marca
Baú da Felicidade vem passando por redefinição. As lojas em
que os compradores do carnê
resgatavam seus valores em
produtos (mais caros do que na
concorrência) viraram uma rede de varejo como as Casas Bahia. Até agora, são apenas 11 lojas de crediário, principalmente para eletrodomésticos, no
Estado de São Paulo. A meta é
chegar a 250 em cinco anos.
O carnê do Baú, antes vendido em abordagem porta-a-porta, agora só é encontrado nessas lojas. As equipes que antes
vendiam carnês de casa em casa passaram a oferecer eletrodomésticos, em um negócio
que o Grupo Silvio Santos chama de venda programada.
Diretor de marketing do Baú,
José Francisco Queiróz admite
que o carnê "perdeu importância", mas nega que o produto
esteja em processo de extinção.
"O carnê vende o sonho de sorteio enquanto se faz poupança", diz. "Atualmente, as pessoas o utilizam como entrada
para compras no crediário."
Segundo Queiróz, o carnê
"perdeu sentido" com a estabilidade da moeda, nos anos 90, e
com o acesso das classes mais
pobres ao crédito.
FESTA NO CABO
Sem transmissão da TV aberta, o primeiro Botafogo x Corinthians, no dia 20, foi o jogo
de futebol mais visto da TV paga neste ano. Sua exibição pelo
SporTV alcançou 1,5 milhão de
pessoas. A média foi de 3,5 pontos, coisa rara no cabo.
SINDICATO
O ator José de Abreu está
mobilizando atores da novela
"Pantanal" para acionarem o
SBT, que negocia a compra da
novela. Vão tentar na Justiça
receber antecipadamente os
direitos pela reprise da obra.
AUDIÊNCIA FINAL
O final de "Duas Caras", anteontem, teve média de 46 pontos no Ibope da Grande SP, segundo dados preliminares. Do
primeiro ao último capítulo, a
média da novela foi de 41, a segunda pior das 21h na década.
EDITORIAL 1
A Globo fez um editorial disfarçado de cena de novela com
dura crítica à classificação indicativa. Na quinta, em "Duas Caras", um delegado tentou impedir o show de Alzira (Flávia
Alessandra) em uma boate.
Disse que agia em nome "da
moral e dos bons costumes".
EDITORIAL 2
Ação do policial contra a dança do poste teve reações: "É
censura", disse um personagem. Ou seja, para a Globo, classificação indicativa é censura.
EDITORIAL 3
Foi por causa da dança do
poste que "Duas Caras" fora reclassificada das 20h para as
21h, o que obrigou a Globo a
exibir a novela das sete depois
do "Jornal Nacional" nos Estados com fuso de menos uma
hora em relação a Brasília.
Texto Anterior: Filmes Próximo Texto: Programação de TV Índice
|