São Paulo, segunda-feira, 02 de junho de 2008

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Daniel Castro - dcastro@folhasp.com.br




Pilar do SBT, carnê do Baú definha aos 50

Símbolo da televisão brasileira dos anos 60, 70 e 80, o carnê do Baú é um objeto em extinção. Primeiro negócio do conglomerado empresarial de Silvio Santos e pilar da criação do SBT, o carnê só não acabou porque o Grupo Silvio Santos está comemorando 50 anos.
Desde setembro, a marca Baú da Felicidade vem passando por redefinição. As lojas em que os compradores do carnê resgatavam seus valores em produtos (mais caros do que na concorrência) viraram uma rede de varejo como as Casas Bahia. Até agora, são apenas 11 lojas de crediário, principalmente para eletrodomésticos, no Estado de São Paulo. A meta é chegar a 250 em cinco anos.
O carnê do Baú, antes vendido em abordagem porta-a-porta, agora só é encontrado nessas lojas. As equipes que antes vendiam carnês de casa em casa passaram a oferecer eletrodomésticos, em um negócio que o Grupo Silvio Santos chama de venda programada.
Diretor de marketing do Baú, José Francisco Queiróz admite que o carnê "perdeu importância", mas nega que o produto esteja em processo de extinção. "O carnê vende o sonho de sorteio enquanto se faz poupança", diz. "Atualmente, as pessoas o utilizam como entrada para compras no crediário."
Segundo Queiróz, o carnê "perdeu sentido" com a estabilidade da moeda, nos anos 90, e com o acesso das classes mais pobres ao crédito.

FESTA NO CABO
Sem transmissão da TV aberta, o primeiro Botafogo x Corinthians, no dia 20, foi o jogo de futebol mais visto da TV paga neste ano. Sua exibição pelo SporTV alcançou 1,5 milhão de pessoas. A média foi de 3,5 pontos, coisa rara no cabo.

SINDICATO
O ator José de Abreu está mobilizando atores da novela "Pantanal" para acionarem o SBT, que negocia a compra da novela. Vão tentar na Justiça receber antecipadamente os direitos pela reprise da obra.

AUDIÊNCIA FINAL
O final de "Duas Caras", anteontem, teve média de 46 pontos no Ibope da Grande SP, segundo dados preliminares. Do primeiro ao último capítulo, a média da novela foi de 41, a segunda pior das 21h na década.

EDITORIAL 1
A Globo fez um editorial disfarçado de cena de novela com dura crítica à classificação indicativa. Na quinta, em "Duas Caras", um delegado tentou impedir o show de Alzira (Flávia Alessandra) em uma boate. Disse que agia em nome "da moral e dos bons costumes".

EDITORIAL 2
Ação do policial contra a dança do poste teve reações: "É censura", disse um personagem. Ou seja, para a Globo, classificação indicativa é censura.

EDITORIAL 3
Foi por causa da dança do poste que "Duas Caras" fora reclassificada das 20h para as 21h, o que obrigou a Globo a exibir a novela das sete depois do "Jornal Nacional" nos Estados com fuso de menos uma hora em relação a Brasília.


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