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Anexo da Pinacoteca depende
de mudança de escola tombada
Ampliação do museu deve ser inaugurada em 2010, segundo previsão do Estado
DA REPORTAGEM LOCAL
O cronograma da Secretaria
de Estado da Cultura indica
que em 2010 a Pinacoteca do
Estado, um dos principais museus brasileiros e que fica dentro do parque da Luz, ganhará
um novo prédio, destinado à
sua ampliação.
Os primeiros passos para a
construção desse anexo foram
dados, com a cessão de um terreno da Prefeitura de São Paulo, que servia de garagem municipal, à Secretaria de Educação
do Estado. No terreno, na rua
Ribeiro de Lima, próximo ao
parque, devem ser construídas
as novas dependências da Escola Estadual Prudente de Moraes, que hoje fica num endereço tombado da avenida Tiradentes.
"Já há um estudo [veja ao lado] para ter a idéia de que espaço a gente poderia ocupar, dado
o tombamento. O novo edifício,
que daria uma área significativa à Pinacoteca, ficaria grudado
à atual escola", diz João Sayad.
"Temos de estudar como seria a
ligação entre a antiga Pinacoteca e a nova, se seria subterrânea
ou por uma marquise."
O secretário estadual de Cultura acredita que a oposição ao
projeto, de ex-alunos e freqüentadores da Prudente de
Moraes, diminuirá com a construção do que pode ser a nova
escola. "Há a licitação, todo esse processo, mas o acordo é esse: as crianças e o pessoal de lá
têm de querer ir. Acho que gostarão de mudar, pois a escola ficará nova e essa [a atual] está
caindo aos pedaços", afirma.
A Pinacoteca do Estado teve
o seu projeto de reforma assinado pelo arquiteto Paulo
Mendes da Rocha, mas o que
será o anexo, no entanto, ainda
não tem projeto arquitetônico
definido, segundo o secretário.
"Acho que em 2010 isso tudo
já estará avançado. É preciso
pensar muito no projeto para
que ele seja harmônico com a
região, que é cheia de lindos
prédios históricos. Foi nesse local que chegaram os soldados
da Guerra do Paraguai, em
1870, o projeto do prédio da escola é do Ramos de Azevedo,
entre outras coisas."
Sayad diz que o anexo terá de
ser feito para comportar obras
de arte contemporânea de
grande porte e ter espaço para
expor o rico acervo da instituição. "Você não vai precisar
mais esperar uma exposição do
Almeida Júnior, por exemplo,
para ver as suas pinturas. Ele
sempre vai estar lá, exposto. O
Estado também tem uma política de compra de novas obras,
mas, como a Pinacoteca é um
museu muito bem-sucedido, há
a expectativa de que receberemos novas doações."
Arte Sacra
A secretaria também pretende ampliar o Museu de Arte Sacra, nas proximidades da Pinacoteca, do outro lado da avenida Tiradentes. "Há um projeto
aprovado pelo Iphan [Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] de construir
novos prédios que abrigarão a
reserva técnica e a administração do museu. Assim, haverá
uma área maior de exposição.
Minha preocupação com o museu é a maior aproximação do
público. Ele é meio mirrado",
diz Sayad.
(MG)
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