São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2004

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FILMES

Dave, Presidente por um Dia
SBT, 14h30.

(Dave). EUA, 1993, 105 min. Direção: Ivan Reitman. Com Kevin Kline, Sigourney Weaver. Sósia é convocado a substituir o presidente dos EUA, que ficou doente. Mas, em vez de ser o tonto que parecia ser, o sujeito começa a tomar gosto pela coisa. Bom para ver e bom para esquecer.

Aterrissagem de Alto Risco
Globo, 15h40.

(Final Descent). EUA, 1997. Direção: Mike Robe. Com Robert Ulrich, Annette O'Toole. Avião comercial tem o trem de pouso seriamente abalado após colisão, logo após decolagem, com um pequeno avião. Daí por diante, a questão é: como pousar evitando o desastre.

Virando o Jogo
SBT, 22h30.

(The Replacements). EUA, 2000, 118 min. Direção: Howard Deutsch. Com Keanu Reeves, Gene Hackman. Jogador de futebol americano a perigo recebe a chance de se resgatar ao trabalhar com treinador de primeira.

Intercine
Globo, 1h40.

As opções são: "Fuga de Los Angeles" (1996, de John Carpenter, com Kurt Russell, Cliff Robertson) e "Mãe É Mãe" (1996, de Albert Brooks, com Albert Brooks, Debbie Reynolds).

A Próxima Vítima
Bandeirantes, 2h.

Brasil, 1983, 92 min. Direção: João Batista de Andrade. Com Antônio Fagundes, Mayara Magri. Enquanto investiga o assassinato de prostitutas no Brás, São Paulo, repórter de TV se apaixona pela prostituta Mayara. Entrementes, rola a campanha eleitoral de 1982. Talvez o melhor filme de Batista.

Contos da Escuridão
SBT, 2h40.

(Tales from the Darkside - The Movie). EUA, 1990, 93 min. Direção: John Harrison. Com Christian Slater, James Remar. Três histórias de horror (originais de Conan Doyle, Stephen King e Michael McDowell) à maneira da série de TV de 1985, que por sua vez era uma variante de "Além da Imaginação".

As Duas Faces de um Crime
Globo, 3h30.

(Primal Fear). EUA, 1996, 130 min. Direção: Gregory Hoblit. Com Richard Gere, Laura Linney. Marin Vail (Gere) é um advogado disposto a conseguir fama e, de passagem, justiça, quando topa defender jovem acusado de matar o arcebispo de Chicago.

Verão de 42
SBT, 4h20.

(Summer of '42). EUA, 1971, 102 min. Direção: Robert Mulligan. Com Jennifer O'Neill, Gary Grimes. Garoto de 15 anos vive sua iniciação amorosa durante o verão de 1942, na companhia de uma mulher casada e belíssima, cujo marido está na guerra. Mulligan é delicadíssimo ao juntar a evocação dos tempos de guerra com a adolescência. Só para São Paulo. (IA)

Derrota de um boxeador

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Ali" (Telecine Premium, 23h35) é um desses desafios em que os envolvidos têm tudo a perder e nada a ganhar. Tivesse ficado perfeito, seria possível dizer que "Ali" parece quase tão bom quanto um documentário sobre o boxeador Muhammad Ali.
Mas não ficou perfeito. Will Smith parece esquálido perto da exuberância corporal de Ali. Também é nítido que não acompanha a eloqüência aliniana. De maneira que no fim podemos perguntar a quem interessa este filme. Quem já o conhece percebe que a dureza de suas posições políticas (militância islâmica e negra) representou muito mais, na vida real, do que quer nos fazer crer o filme.
Quem não sabe de sua trajetória deve se perguntar de onde vem tanto barulho em torno desse cara. Enfim, uma derrota.

MÚSICA

Série resume rock nacional em três episódios

DA REPORTAGEM LOCAL

O cardápio é saboroso: a série "A História do Rock Brasileiro" pretende contar, em três episódios, a evolução do rock'n'roll made in Brazil, desde os anos 50, com Nora Ney cantando "Rock around the Clock", até os dias de hoje -é de Cássia Eller a última imagem do último episódio.
A galeria de entrevistas e ilustrações reunidas pelo diretor Pedro Vieira é abundante. O documentário cresce quando redescobre imagens raríssimas em movimento, como as de apresentações dos grupos Os Incríveis, Vímana, Novos Baianos, Peso e Blitz com Lobão na bateria, entre outros.
Por mais abrangente que seja, a série vai deixando omissões pelo meio do caminho -é meio inevitável, e recolhê-las pode ser diversão adicional para o espectador. Algumas, no entanto, soam inadmissíveis: onde está Raul Seixas, onde se esconderam os Secos & Molhados? Também parece injustificável (e sexista, talvez?) o esquecimento quase completo de Wanderléa e da Gal Costa rock'n'roll do intervalo 69-71.
Optando pelo descritivo, e não pelo analítico, o documentário joga foco no valor dos depoimentos de protagonistas da história, de Erasmo Carlos a Marcelo D2, de Arnaldo Baptista a um Herbert Vianna pré-acidente.
Vem daí outro estranhamento: a série começou a ser produzida em 97 e mostra vários roqueiros com visuais às vezes totalmente diferentes (Nando Reis, por exemplo, parece uma pessoa no episódio 2, outra no capítulo 3). Também impressiona, nisso, assistir a depoimentos de pessoas que morreram de 97 para cá, como o publicitário Carlito Maia (ideólogo da jovem guarda), Clarisse Leite (mãe dos Mutantes Arnaldo e Sérgio), Chico Science...
No todo, prevalece a tese do diretor, de que Brasil e rock'n'roll podem ser (e são) sinônimos. Daí o belo final, com a guitarra envenenada de Luiz Carlini entoando o Hino Nacional.
(PEDRO ALEXANDRE SANCHES)


A HISTÓRIA DO ROCK BRASILEIRO. Quando: hoje (22h), na Rede SescSenac, e dom. (15h30), na TV Cultura.


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