São Paulo, domingo, 02 de julho de 2006
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Mônica Bergamo bergamo@folhasp.com.br
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Da mulher de Zagallo à novata Brenda, namorada de Luizão, um perfil das companheiras dos craques da seleção
 "Ele prefere assim. E eu também, não gosto de perturbar", diz. "Acima de tudo, sou torcedora do meu marido. Não vou trazer tranqüilidade para ele estando lá perto." Na sala de casa, na Barra da Tijuca, Alcina assiste aos jogos "sozinha e em silêncio. Não faço comentário de espécie alguma." E na hora do gol? "Fico muda, muda, muda. O Zagallo não gosta que comentem o jogo e eu me acostumei assim." Longe do marido, Alcina arrisca opiniões. Sobre Kaká: "O melhor em campo e lindo, como todo mundo sabe". Ronaldinho Gaúcho: "Muito sacrificado na posição em que está". E Ronaldo: "Começou mal e melhorou naquele joguinho [contra o Japão] em que fez dois gols. Mas sem convencer muito, né? Nem acho que é a gordura que atrapalha, acho que ele não está jogando bem mesmo". Alcina é de uma época em que o assédio sobre os jogadores era bem menor e não existiam "marias-chuteiras" em profusão. "Na minha época não era assim, não." No outro extremo está a modelo Suzana Werner, mulher de Júlio César. De personalidade exuberante, Suzana, que explodiu para a fama ao namorar Ronaldo, em 1998, e hoje é casada com o goleiro Júlio César, estava no meio de uma maratona de compras com a atriz Daniela Escobar quando conversou com a coluna, por celular. "Dani, olha isso: uma loja chamada Baby Dior! Fala sério! Que luxo!" "Estou encantada com Munique", diz. "Tem cada galeria linda...". De arte? "Não, de lojas, amore. Acabei de sair da Zara com uma sacola cheia. E gastei só 200 [cerca de R$ 560]. Muito barato! Estou amando", diz ela, que hoje vive em Milão, na Itália, com o marido e os filhos, Cauet, 3 anos, e Giulia, 11 meses. Esta é a segunda Copa de Suzana -e a primeira de Júlio César. "É, sim, eu já estive na Copa [em 98]. Você não vai me sacanear, né? Isso foi há oito anos, eu namorava o Ronaldo. Mas só falo de meu marido." Suzana está viajando pela Alemanha num motorhome, e dormindo num castelo da revista "Caras". Até o fim da semana, só tinha se encontrado duas vezes com Júlio César, em hotéis. "Não freqüento treino. A imprensa vai em cima e aquele é o trabalho dele." Ela não teme as "marias-chuteiras". E vai além: acha que o marido tem mais é que explorar "essa coisa de ser bonito". "Quando conheci meu marido, torci para ele ficar famoso, para choverem "marias-chuteiras", para verem como ele é bom jogador e bonito." Regina Moraes, mulher de Cafu, capitão da seleção, também diz pouco ligar para as "marias-chuteiras". "Ah, ele prefere lidar com isso longe de mim", diz ela, por celular, à coluna. Como assim? "Não tenho muito ciúmes dele, não. Já passou a época em que as mulheres..." Silêncio. A filha Michele, 15, pega o telefone: "Olha, minha mãe pediu para avisar que não pode mais falar." Regina está em SP visitando a família. Já Dione Ferreira, 30, mulher do zagueiro Lúcio, 27, tem "pavor de "marias-chuteiras'". "Corro atrás do prejuízo: faço academia, aplico botox...Aqui na Europa, elas [fãs] se colocam no lugar delas. No Brasil, são atiradinhas, sabe? Mas ele não tira nem foto com elas." Outra arma de Dione: "Sou uma super boleira! Leio tudo. Sei o que é impedimento, quem é quem nas seleções. Tenho até álbum de figurinhas da Copa, menina!" O marido estimula. "Ele quer que eu fique entendida e as crianças [Victória, 8, e João Victor, 4] também. Mas só conversamos sobre o jogo quatro dias depois. É uma regra. Sei que, depois de um jogo, ele quer esquecer. Então, espero." Ela estava orgulhosa porque Lúcio chegou às quartas-de-final sem cometer faltas. "É, menina, eu "tô" por dentro de tudo!" Tatiane Biscesto planejava viajar hoje para a Alemanha, onde se encontraria com o marido, Cris, zagueiro reserva da seleção. Os dois vivem num apartamento em Lyon, na França, onde se divertem jogando futebol no gramado instalado dentro de casa. É isso mesmo: o imóvel, num prédio construído sobre um rochedo, tem uma área gramada interna equivalente a menos da metade de um campo oficial de futebol. "Ninguém acredita. Todos os quartos dão para a grama, é incrível", conta Tatiane, que vive com o jogador há seis anos. No início do namoro, Tatiane era figurinha fácil na TV e em revistas masculinas no papel da dançarina Ninja do Funk. Hoje, aos 26, tornou-se freqüentadora da igreja evangélica Bola de Neve e uma mulher "muito discreta". "Cuido da nossa casa, das contas, da nossa filha", conta ela, mãe de Raïssa, 10 meses, "com trema, porque ela nasceu na França", explica. A ex-modelo diz que Cris "adora arroz, feijão e batata frita", e também "calças jeans Armani, Diesel..." E Tatiane? "Eu sou louca por bolsas, da Louis Vuitton, da Gucci. Mas o melhor sapato é o nacional". Novata no mundo das musas dos craques, Brenda Brito Mattar, 21, namorada do reserva Luizão, se apresenta: "Vamos lá: sou miss Passos [MG] três vezes, miss Beleza Minas Gerais duas vezes e miss Biquíni Brasil uma vez. Estou rumo ao hexa!" Em agosto, ela concorrerá ao miss Biquíni Universo, na China. "Não fui para a Alemanha para me preparar para o concurso. E de futebol eu não entendo nada." Ela diz que "quando a gente conversa é sobre a relação e a saudade". Saudade porque ela ainda mora em Passos e ele, em Portugal. "Mas a gente ainda casa", anuncia. "E espero que seja logo!". Brenda conta que levou Luizão ao aeroporto quando ele foi para a Alemanha. "Enchi o notebook dele de fotos para diminuir a saudade. Ele me liga dez vezes por dia, manda mensagens no celular." Brenda diz que na sua profissão, modelo, "é importante aparecer". Ainda assim, afirma: "Tentei esconder o namoro ao máximo. Não vou usar isso para me promover". 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