São Paulo, segunda-feira, 02 de julho de 2007

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Crítica/"O Tango..."

Longa traça panorama da história judaica

CRÍTICO DA FOLHA

Algumas vezes os filmes, além de contarem bem uma história, nos ensinam a conhecer melhor um lugar, um povo, uma cultura ou uma tradição. "O Tango de Rashevski" propõe uma crônica de uma família judia sob o efeito da morte de uma matriarca. Por trás dessa situação, o longa retraça as mutações coletivas pelas quais muitos judeus passaram no último século e, assim, consegue se alçar do particular ao universal.
Para os que conhecem de dentro as tradições judaicas, "O Tango" é um espelho, onde se encontram inúmeros níveis de identificação, raiz de satisfações para o espectador. Para os outros, o filme propõe a linguagem do entendimento como caminho indispensável na superação de preconceitos e de antipatias racistas seculares.
As várias faixas etárias dos personagens conduzem a história a conseguir expressar os dramas desde as perseguições nazistas no século passado até os confrontos com os árabes que permanecem hoje, passando pelos efeitos da diáspora.
Talvez o filme peque um pouco em seu esforço didático no sentido de equalizar todos os conflitos, soando falso em alguns momentos, mas isso não chega a atrapalhar a sinceridade de seu propósito. (CSC)

O TANGO DE RASHEVSKI


Direção: Sam Garbarski
Produção: Bélgica/Luxemburgo/França, 2003
Com: Hippolyte Girardot, Michel Jonasz, Ludmila Mikaël
Onde: em cartaz no cine HSBC Belas Artes
Avaliação: bom



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