São Paulo, segunda-feira, 02 de julho de 2007

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Crítica

Paul Thomas Anderson erra ao tentar agradar

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Pode ser que eu não tenha percebido aonde Paul Thomas Anderson vai. Mas pode ser que ele seja um pouco dessas pessoas que deixam as coisas tomarem seu próprio rumo e apenas as seguem.
Ou, dito mais claramente, não chego a perceber o que "Embriagado de Amor" (People & Arts, 16h) tem em comum com, por exemplo, "Magnólia". Ou antes, talvez exista aí uma vontade partida: a de preservar um trabalho que, desde "Boogie Nights", evitou o convencional e, ao mesmo tempo, o desejo de não perder contato com as platéias.
Daí o recurso a um comediante popular como Adam Sandler que é, no entanto, colocado em situações inusuais. A melhor, a mais memorável, é de longe quando faz uma ligação para um serviço de tele-sexo e acaba sendo vítima de extorsão. Ainda assim, não é um filme que permita entender que caminho Anderson trilha nem por que ganhou um prêmio de melhor direção em Cannes, em 2002 (exceto, claro, o fato de ser americano).


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