São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2010

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Osesp reassume Campos do Jordão

Festival de Inverno, que começa amanhã, terá a orquestra em nove concertos, com quatro regentes diferentes

"Sem exagero, dá para dizer que a Osesp é a coluna central do festival", confirma diretor da sinfônica

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Retomando sua vocação histórica, a Osesp vai participar com grande força no 41º Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Com o título de orquestra residente do festival, a sinfônica vai dar ao todo nove concertos no evento.
Amanhã, a abertura do festival será feita pela Osesp, regida pelo uruguaio Carlos Kalmar e tendo como solista o suíço Emmanuel Pahud, da Filarmônica de Berlim.
Ao todo, o evento terá 84 concertos, todos realizados em Campos do Jordão e na capital, tendo como tema "A Música e os seus Diálogos".
Abrangente, a lista de destaques vai da música antiga da Akademie für Alte Musik, de Berlim, ao repertório contemporâneo do Quarteto Arditti, do Reino Unido, passando por nomes como os pianistas Nelson Freire, Cristina Ortiz e Arnaldo Cohen, e a pianista Maria João Pires.
Se, nos últimos anos, a participação da Osesp não ia muito além do concerto de abertura, agora é diferente.
No dia 17 de julho, a orquestra se apresenta na Sala São Paulo sob a batuta de Frank Shipway, com a pianista Maria João Pires -programa repetido em Campos do Jordão no dia seguinte.
Nos dias 21 e 22, o solista é o violinista francês Gilles Apap, com regência de seu compatriota Yan Pascal Tortelier, que dirige ainda as apresentações dos dias 24 e 25, com outro solista francês, o violoncelista Marc Coppey.
Por fim, em 30 e 31, a orquestra fica sob o comando do brasileiro Alex Klein, que chefia uma apresentação conjunta da Osesp e do grupo de música contemporânea Camerata Aberta.
"Sem exagero, dá para dizer que a Osesp é a coluna central do festival", afirma o diretor artístico da sinfônica, Arthur Nestrovski. "É de fundamental importância a orquestra ocupar esse tipo de espaço nos principais eventos culturais do país."
A iniciativa lembra um resgate da linha que o maestro Eleazar de Carvalho (1912-1996), que comandou a Osesp por 24 anos, imprimiu ao festival quando assumiu sua direção, em 1973.
O modelo seguido por Eleazar era o festival de Tanglewood, que tem a Sinfônica de Boston como protagonista e orquestra residente.


EXCEPCIONALMENTE
hoje não é publicada a coluna de Carlos Heitor Cony



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