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Osesp reassume Campos do Jordão
Festival de Inverno, que começa amanhã, terá a orquestra em nove concertos, com quatro regentes diferentes
"Sem exagero, dá para dizer que a Osesp é a coluna central do festival", confirma diretor da sinfônica
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Retomando sua vocação
histórica, a Osesp vai participar com grande força no 41º
Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão.
Com o título de orquestra residente do festival, a sinfônica vai dar ao todo nove concertos no evento.
Amanhã, a abertura do
festival será feita pela Osesp,
regida pelo uruguaio Carlos
Kalmar e tendo como solista
o suíço Emmanuel Pahud, da
Filarmônica de Berlim.
Ao todo, o evento terá 84
concertos, todos realizados
em Campos do Jordão e na
capital, tendo como tema "A
Música e os seus Diálogos".
Abrangente, a lista de destaques vai da música antiga
da Akademie für Alte Musik,
de Berlim, ao repertório contemporâneo do Quarteto Arditti, do Reino Unido, passando por nomes como os
pianistas Nelson Freire, Cristina Ortiz e Arnaldo Cohen, e
a pianista Maria João Pires.
Se, nos últimos anos, a
participação da Osesp não ia
muito além do concerto de
abertura, agora é diferente.
No dia 17 de julho, a orquestra se apresenta na Sala
São Paulo sob a batuta de
Frank Shipway, com a pianista Maria João Pires -programa repetido em Campos
do Jordão no dia seguinte.
Nos dias 21 e 22, o solista é
o violinista francês Gilles
Apap, com regência de seu
compatriota Yan Pascal Tortelier, que dirige ainda as
apresentações dos dias 24 e
25, com outro solista francês,
o violoncelista Marc Coppey.
Por fim, em 30 e 31, a orquestra fica sob o comando
do brasileiro Alex Klein, que
chefia uma apresentação
conjunta da Osesp e do grupo de música contemporânea Camerata Aberta.
"Sem exagero, dá para dizer que a Osesp é a coluna
central do festival", afirma o
diretor artístico da sinfônica,
Arthur Nestrovski. "É de fundamental importância a orquestra ocupar esse tipo de
espaço nos principais eventos culturais do país."
A iniciativa lembra um resgate da linha que o maestro
Eleazar de Carvalho (1912-1996), que comandou a
Osesp por 24 anos, imprimiu
ao festival quando assumiu
sua direção, em 1973.
O modelo seguido por
Eleazar era o festival de Tanglewood, que tem a Sinfônica de Boston como protagonista e orquestra residente.
EXCEPCIONALMENTE
hoje não é publicada a
coluna de Carlos Heitor Cony
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