São Paulo, terça-feira, 02 de setembro de 2008

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Televisão/Crítica

Fraquezas humanizam personagens

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Ao contrário do que supõe a maior parte do cinema nacional de hoje, a população pobre das grandes cidades não é majoritariamente formada por bandidos, perversos, meretrizes, idiotas etc. A grande maioria é de pessoas normais.
Mas a palavra "normal" comporta muitas coisas, a maior parte delas desinteressante.
Um personagem de cinema que esteja muito dentro da norma tende a ser desinteressante.
Quando o filme, porém, atribui-lhe uma complexidade (dúvidas, fraquezas, virtudes etc.), trata-o como ser humano.
É o caso dos personagens de "Beija-me Idiota" (TC Cult, 14h40; não recomendado para menores de 12 anos), de Billy Wilder, em que o mundo está longe de ser um paraíso e nem por isso as pessoas são sórdidas. "Antônia" (Cinemax, 17h; não recomendado para menores de 12 anos), de Tata Amaral, também está nesse caso. Diferente, mas não menos cômico que o primeiro, é "A Primeira Página" (TCM, 23h50; classificação indicativa não informada), também de Wilder.


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