São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2010

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CRÍTICA DRAMA

Wenders mostra inocência em um mundo onde existe a errância

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Todos, ou quase todos, estamos de acordo que o momento de Wim Wenders, aquele que fez sua fama, talvez não tenha durado mais de dez anos, enquanto sua decadência tem sido bem mais longa.
Mas que importa? Esses anos iluminaram a Europa e a América. Prolongaram o frescor que a nouvelle vague introduziu uns 15 anos antes.
Agora, os anos 1970, eram o tempo dos alemães: Herzog, Fassbinder e Wenders. E este magnífico "Alice nas Cidades" (TC Cult, 1h50, 12 anos). Aqui, um jornalista alemão em crise topa uma menina, Alice, que herda quando a mãe desaparece.
Temos então dois seres sem lugar, andando de cá para lá, reencontrando a inocência como num velho filme dos anos 1930, mas num mundo onde ela já não existe. Existe a errância.


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