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CRÍTICA DRAMA
Wenders mostra inocência em um mundo onde existe a errância
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Todos, ou quase todos, estamos de acordo que o momento de Wim Wenders,
aquele que fez sua fama, talvez não tenha durado mais
de dez anos, enquanto sua
decadência tem sido bem
mais longa.
Mas que importa? Esses
anos iluminaram a Europa e
a América. Prolongaram o
frescor que a nouvelle vague
introduziu uns 15 anos antes.
Agora, os anos 1970, eram
o tempo dos alemães: Herzog, Fassbinder e Wenders. E
este magnífico "Alice nas
Cidades" (TC Cult, 1h50, 12
anos). Aqui, um jornalista
alemão em crise topa uma
menina, Alice, que herda
quando a mãe desaparece.
Temos então dois seres
sem lugar, andando de cá
para lá, reencontrando a inocência como num velho filme dos anos 1930, mas num
mundo onde ela já não existe. Existe a errância.
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