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Cortez prioriza dramaturgia latino-americana
DA REPORTAGEM LOCAL
A escolha de um autor pouco
conhecido para a segunda
montagem profissional que dirige reflete a determinação da
atriz Lígia Cortez, 43, em se
aproximar da dramaturgia latino-americana.
Responsável pela Teatro-Escola Célia Helena, Cortez vai
enveredar pelo campo editorial. Prevê para novembro a
publicação de um livro com
quatro peças de autores latinos.
Além de "Orinoco", do mexicano Emilio Carballido, estão
relacionados "À Direita de
Deus Pai", do colombiano
Enrique Buenaventura; "Ubu
Presidente", do peruano Juan
Larco; e "Os Infiéis", do chileno
Marco Antonio de la Parra.
"É impressionante como não
encontramos esses caras por
aqui. Há muito preconceito
com textos latinos. A gente precisa desse diálogo", diz Cortez.
Para a diretora, entre as razões para montar "Estrelas do
Orinoco" está a abordagem da
condição da mulher. As personagens-atrizes da peça sofrem
por causa da associação do ofício à prostituição. Resistem até
o fim (que também pode ser o
começo, já que o final permanece em aberto).
Há ainda os "fantasmas da
história, da política, da economia latina", ressalva Cortez.
Ela promove em cena o reencontro de Cristina Mutarelli e
Iara Jamra, intérpretes de essência cômica, que já se encontraram no extinto grupo Pod
Minoga nos anos 70. A cenografia é de Daniela Thomas,
que invoca um dique de barco
com tons coloridos, à moda de
um parque de diversões. Wagner Pinto desenhou a luz.
ESTRELAS DO ORINOCO. De: Emilio
Carballido. Tradução: Hugo
Villavicenzio. Direção: Lígia Cortez.
Assistente de direção: Joana Mattei.
Figurinos: Fabio Namatame. Trilha
musical: André Abujamra. Com:
Cristina Mutarelli e Iara Jamra. Onde:
Centro Cultural Banco do Brasil
- teatro (r. Álvares Penteado, 112, SP,
tel. 0/xx/11/3113-3651). Quando:
estréia amanhã, às 19h30; de quinta a
domingo, às 19h30; até 2/11. Quanto:
R$ 15.
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