São Paulo, sábado, 02 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES E TV PAGA

TV ABERTA

Penn reconta a história do Oeste por outra ótica

Afinado no Amor
SBT, 13h30.
  
(The Wedding Singer). EUA, 1998, 95 min. Direção: Frank Coraci. Com Drew Barrymore, Adam Sandler, Christine Taylor. Problemas para um músico que, enquanto espera a fama, tem um conjunto especializado em animar casamentos: sua noiva o abandona no altar. Comédia.

Da Magia à Sedução
SBT, 15h30.
  
(Practical Magic). EUA, 1998, 105 min. Direção: Griffin Dunne. Com Sandra Bullock, Nicole Kidman, Dianne Wiest, Stockard Channing, Aidan Quinn. Família de bruxas sofre com uma maldição: os homens por quem se apaixonam morrem rapidinho. Conseguirá Sandra Bullock mudar essa tradição secular? Elenco ilustre em fantasia romântica que não emplacou, mesmo tendo Tim Burton como um dos produtores.

Um Estranho na Torre
Globo, 22h45.
  
(Cruel and Unusual). EUA, 2001, 100 min. Direção: George Mihalka. Com Tom Berenger, Rachel Hayward, Tygh Runyan. Garota que mora com o irmão numa aldeia do Oregon apaixona-se perdidamente por um homem, sem saber que ele é um "serial killer" perigosíssimo, cuja característica principal é observar metodicamente suas vítimas. Inédito.

Garras de Tigre 3
Record, 23h.
 
(Tiger Claws 3). EUA, 1999, 95 min. Direção: J. Stephen Maunder. Com Jalal Mehri, Cynthia Rothrock. Perigoso lutador de artes marciais -sobretudo porque também é psicótico-, desperta o espírito de três chineses assassinos.

Pequeno Grande Homem
SBT, 0h.
    
(Little Big Man). EUA, 1970, 144 min. Direção: Arthur Penn. Com Dustin Hoffman, Faye Dunaway, Martin Balsam. Aos 121 anos, um homem conta sua vida no Velho Oeste. Uma vida em que à duração acrescentam-se circunstâncias ricas, como o fato de ser branco e de ter sido criado pelos índios. A partir daí, Penn reconta história do Oeste, por uma outra ótica, passando por episódios como a batalha de Little Big Horn.

A Acompanhante
Bandeirantes, 1h.
 
(The Escort). EUA, 1996, 90 min. Direção: Gary Graver. Com Tim Abell, Tisha Alexander, Sienna Morgan. Bela diretora de uma agência de acompanhantes (leia-se: agenciamento de prostituição) contrata uma garota superpromissora. Logo, no entanto, a jovem revela-se uma torrente de problemas. Entre outros, seduz o marido da patroa e se envolve em um assassinato. Enfim, é uma porta de cadeia.

Perseguição Fatal
Globo, 2h35.
 
(Donato and Daughter). EUA, 1993, 90 min. Direção: Rod Holcomb. Com Charles Bronson, Dana Delany. Bronson, sargento de polícia em Los Angeles, investiga inutilmente caso de assassino de mulheres. Em vista disso, ele concorda que sua filha, tenente da corporação, entre na jogada, na condição de isca. Feito para TV.

Desafio sem Limites
SBT, 2h40.
 
(Good Luck). EUA, 1997, 95 min. Direção: Richard Labrie. Com Vincent D"Onofrio, Max Gail. Ex-jogador de futebol americano fica cego depois de acidente. Fica na pior, compreensivelmente. Um deficiente físico, a horas tantas, o convence a participar de uma regata.

Medicine Ball
SBT, 4h25.
 
(Medicine Ball). EUA, 1995. Direção: Robert Lieberman. Com Harold Pruet, Jensen Daggett. Filme extraído de série de TV. Aqui o dr. Harley (Pruett) diagnostica mal de antropóloga que mora no Zaire: o terrível vírus ebola. (IA)

TV PAGA

007 precisa fazer transplante de DNA em Cuba

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A história , ensinou Marx, repete-se como farsa. Mas não havia necessidade de o pessoal de "007 - Um Novo Dia para Morrer" levar a coisa tão a sério.
"Um Novo Dia" tenta umas plásticas científicas, a principal delas sendo o transplante de DNA feito em Cuba que, segundo o filme, rejuvenesce os líderes locais e serve para que o vilão da história se transforme inteiramente.
Sabe-se que Cuba realizou algumas proezas importantes no campo da medicina, coisa mais modesta, tipo vacina contra hepatites complicadas.
Mas isso não importa, pois com 007 estamos no mundo da fantasia. Podia ele ir a Cuba e mudar o DNA, também, para se renovar. Não foi, e esse é o problema: a fantasia aqui é extremamente racionada. Podia-se jogar com a Guerra Fria (graças a Bush, Bin Laden, Saddam), até há as alusões a Cuba e Coréia do Norte. Mas ficamos por aí. Logo voltamos ao famoso milionário que quer tomar conta do mundo etc. e tal.
Ah, sim, há Halle Berry. Ela faz a espiã americana que vai ajudar James Bond. Ela, sobretudo, entra pelo mar, exatamente como fez Ursula Andress uns 40 anos antes, em "O Satânico Dr. Nô".
Mas, o que será? Ou Lee Tamahori, o diretor, é muito machista -e não dá confiança para mulher- ou é muito feminista -e se recusa a reviver os tempos da mulher-objeto que foi Ursula. O certo é que essa entrada gloriosa aqui vira uma entrada pifiazinha: parece um incômodo.
Quase ninguém conhecia Ursula fora do círculo familiar, quando ela fez "Dr. Nô". Mas todo mundo já conhecia Halle, quando ela foi fazer seu 007. Nessa nova entrada havia uma carga simbólica pesada, pois substituía-se uma bela loira por uma bela negra. Não deu certo: o mundo mudou, mas os filmes de Bond às vezes dão a impressão de que nunca mudam.


007 - UM NOVO DIA PARA MORRER.
Quando: hoje, às 21h, no Telecine Premium



Texto Anterior: Astrologia
Próximo Texto: José Simão: Debatédio! Prefiro tratamento de canal!!
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.