São Paulo, sábado, 02 de dezembro de 2006

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Hélio Oiticica e Barthes foram base conceitual

DA REPORTAGEM LOCAL

Aberta ao público no mês de outubro, a 27ª edição da Bienal de São Paulo estruturou-se sobre os pilares conceituais do semiólogo francês Roland Barthes (1915-1980) e do artista carioca Hélio Oiticica (1937-1980), interpretados pela curadora Lisette Lagnado.
Se um conjunto de conferências de Barthes - "Como Viver Junto"- serviu de inspiração para a escolha do tema, os trabalhos de Oiticica em torno de "projetos construtivos" e "programas para vida" levaram a curadoria a refletir sobre as possibilidades de construção -econômica e simbólica- do espaço social.
Para a escolha dos 118 artistas e montagem, Lagnado escalou um time de co-curadores formado pelos brasileiros Adriano Pedrosa e Cristina Freire, pela espanhola Rosa Martinez, pelo colombiano Jose Roca e pelo alemão Jochen Volz - este último dedicou-se exclusivamente ao bloco que homenageava o belga Marcel Broodthaers.
Entre as inovações apresentadas, Lagnado optou por acabar com as representações nacionais - iniciativa elogiada por grande parte da crítica especializada-, instituiu seis seminários temáticos ao longo de 2006 e convidou artistas estrangeiros para projeto de residência, de em media dois meses, no Brasil. Para além da exposição no Pavilhão da Bienal, uma mostra de filmes, obras espalhadas pela cidade e um núcleo no Jardim Miriam marcaram o evento. O Estado do Acre foi homenageado em obras e discussões.


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