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Ciência
"Mamíferos" repete fórmula tediosa
CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA
Como todo filme de sexo, o
documentário "Vida no Ventre:
Mamíferos" vale pelas imagens. O esforço de computação
gráfica e de ultrassonografia
em 4D (que mostram movimento além das imagens em
três dimensões) reunido na
produção da National Geographic mostra o desenvolvimento
de fetos de mamíferos no útero
de uma forma impressionante.
Fora isso, no entanto, é mais
do mesmo: um documentário
de bichinhos com uma narração tediosa em "off".
Troque-se a amplidão do Serengeti ou do oceano pelo aperto do útero de uma fêmea de
elefante ou golfinho e as cenas
de leões caçando pelo lento desenvolvimento de um bebê mamífero e a fórmula está toda ali,
intacta.
A versão brasileira até tenta
suavizar o tédio da narrativa,
colocando Malu Mader nesse
papel. Pela culatra: a voz da
atriz global carioca só parece tirar a credibilidade do documentário.
Outro problema é a necessidade irritante de apontar
"pressões evolucionárias" (sic)
para explicar cada estrutura do
corpo de um animal.
Mesmo com tudo isso, o filme ainda vale uma espiada. Os
bebês são lindos e em nenhum
outro lugar da televisão você
descobriria quanto ejacula um
elefante.
VIDA NO VENTRE: MAMÍFEROS
Quando: amanhã, às 21h
Onde: National Geographic
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