São Paulo, sábado, 02 de dezembro de 2006

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Ciência

"Mamíferos" repete fórmula tediosa

CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA

Como todo filme de sexo, o documentário "Vida no Ventre: Mamíferos" vale pelas imagens. O esforço de computação gráfica e de ultrassonografia em 4D (que mostram movimento além das imagens em três dimensões) reunido na produção da National Geographic mostra o desenvolvimento de fetos de mamíferos no útero de uma forma impressionante.
Fora isso, no entanto, é mais do mesmo: um documentário de bichinhos com uma narração tediosa em "off".
Troque-se a amplidão do Serengeti ou do oceano pelo aperto do útero de uma fêmea de elefante ou golfinho e as cenas de leões caçando pelo lento desenvolvimento de um bebê mamífero e a fórmula está toda ali, intacta.
A versão brasileira até tenta suavizar o tédio da narrativa, colocando Malu Mader nesse papel. Pela culatra: a voz da atriz global carioca só parece tirar a credibilidade do documentário. Outro problema é a necessidade irritante de apontar "pressões evolucionárias" (sic) para explicar cada estrutura do corpo de um animal.
Mesmo com tudo isso, o filme ainda vale uma espiada. Os bebês são lindos e em nenhum outro lugar da televisão você descobriria quanto ejacula um elefante.


VIDA NO VENTRE: MAMÍFEROS   
Quando: amanhã, às 21h
Onde: National Geographic


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