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Seminário discute o jornalismo cultural
De amanhã a sexta, Itaú Cultural recebe personalidades ligadas à imprensa de cultura do Brasil e do exterior
DA REPORTAGEM LOCAL
O jornalismo cultural e suas
formas -das grandes reportagens nos moldes da revista
"The New Yorker" aos drops de
notícias que proliferam nos
blogs- são temas do 2º Seminário Internacional Rumos
Jornalismo Cultural, no Itaú
Cultural, em São Paulo.
Com curadoria de Cassiano
Elek Machado, diretor editorial
da Cosac Naify, 21 nomes ligados à imprensa de cultura no
Brasil e no exterior participam
de amanhã a sexta (veja programação ao lado) dos debates que
encerram a edição 2007/2008
do Rumos Jornalismo Cultural.
No evento, serão lançados a
revista ":singular", produzida
por estudantes de jornalismo
selecionados pelo programa, e
um mapeamento do ensino de
jornalismo cultural, realizado
por professores. Das questões
levantadas nestes dois anos saíram as bases do ciclo.
"São discussões que estão fora do dia-a-dia da escola e que
também interessam ao profissional e ao público", afirma
Claudiney Ferreira, gerente de
diálogos do Itaú Cultural.
Machado buscou reunir personalidades que "pensam e fazem a cultura". "Fiz um roteiro
com jornalistas e pessoas de
outras áreas. Como estudante,
sentia falta de acesso a pessoas
que fossem além da seqüência
infinita de reflexões sobre a
teoria da comunicação", diz.
Entre esses "pensadores e fazedores", estão o sociólogo José de Souza Martins e o historiador Nicolau Sevcenko. Eles
abrem o ciclo amanhã, às
17h30, na mesa "O Olhar Cultural", sobre a atuação de nomes
de outras áreas do mundo acadêmico na imprensa cultural.
Narrativas longas e formas
não-ortodoxas de contar histórias têm destaque em duas mesas. A primeira é "Jornalismo
de Fôlego", com o cineasta
Eduardo Coutinho, diretor de
documentários como "Edifício
Master" (2002); o cineasta e
jornalista João Moreira Salles,
criador da revista "Piauí"; e o
jornalista Otavio Frias Filho,
diretor de Redação da Folha e
autor do livro de reportagens-ensaios "Queda Livre - Ensaios
de Risco" (Cia. das Letras).
Na outra, "Novo Novo Jornalismo", o peruano Julio Villanueva Chang, da revista "Etiqueta Negra", e o americano
Andrew Leland, da "The Believer", debatem a liberdade narrativa como alternativa a um
jornalismo que se depara com a
realidade da internet.
As mesas "Casos Crônicos" e
"Palavras Cruzadas" debatem,
respectivamente, as crônicas e
a internet. Esta terá participação, por telefone, da cubana
Yoani Sánchez, que venceu o
prêmio internacional The Bobs
com o Generación Y (desdecuba.com/generaciony).
O psicanalista Contardo Calligaris, colunista da Folha, e o
antropólogo Roberto DaMatta,
de "O Estado de S. Paulo" e "O
Globo", falam, em "Problemas
de Coluna", sobre a experiência
de pensar reflexões originais
sobre questões atuais.
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