Banda faz "último show" em SP para cerca de 14 mil pessoas -pais agoniados e filhos fanáticos

Editor de Arte da Folha e sua filha de 14 anos comentam o show de sábado, em que a banda disse que planeja voltar ao país ainda neste mês

DA REPORTAGEM LOCAL

Os seis mexicanos-cantores são adolescentes na faixa dos 20. Já foram recebidos em Brasília pelo presidente Lula, venderam 2 milhões de discos no país e, para esperar por eles, adolescentes brasileiros chegaram a acampar na rua durante um mês. Um de seus shows aqui, em 2006, terminou com 40 feridos e três mortos, pisoteados pela multidão de fãs.
Agora, o mais novo capítulo da carreira "mexicana" dos músicos do RBD, que saíram de uma novela também mexicana ("Rebeldes", da Televisa), é o fim da banda: Anahí, José Christian, Christopher, Maite, Dulce María e Alfonso decidiram separar-se e fizeram no sábado, no Anhembi, a despedida em São Paulo -ou não.
"Temos uma surpresa", disse Christian, no palco. "Podemos regressar em dezembro?" A platéia, cerca de 14 mil pessoas, entoou um "sim". A banda fará no Brasil mais dois shows, nos dias 9 e 10, em São Paulo e no Rio, respectivamente.
No sábado, lá pela metade das duas horas de apresentação, os seguranças tinham de remover fãs que disparavam em corrida pelo palco, para conseguir autógrafo.
Ninguém sentou nas 9.000 cadeiras de plástico dispostas lá pela organização: elas só serviram de escada para os fãs. O que seria considerado um perigo para um pai (pular e gritar de cima de uma cadeirinha de plástico) era a chance de ver melhor os ídolos (e, quem sabe, ser até "visto" por eles).
O editor de Arte da Folha, Fábio Marra, levou ao show sua filha de 14 anos, Carolina Coghi Marra. Para ele, uma "agonia"; para ela, "o melhor dia de toda a minha vida".
Confira ao lado as impressões de pai e filha no Anhembi.

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