|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELEVISÃO
Crítica
"Alma Corsária" é exercício de liberdade
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Há dois poetas e um lançamento de livro em "Alma Corsária" (Canal Brasil, 22h; classificação indicativa não informada). Acompanhamos também a trajetória dessa amizade.
Mas, com ela e através dela, o
que se mostra são vários momentos recentes do Brasil.
Não propriamente da história do Brasil, ou ao menos não
no sentido acadêmico da expressão.
É da experiência subjetiva de
um grupo de pessoas que cresce durante os anos 50 do século
passado e depois enfrenta as
dores de adolescência e da ditadura que trata este filme de
Carlos Reichenbach, um belo
momento do cinema brasileiro
dos anos 90.
Um filme tão pessoal que o
tema da amizade se realiza pela
participação de alguns amigos.
E tão pessoal que um desses
amigos, o cineasta João Callegaro, faz o papel de um porteiro
de cinema.
E, a horas tantas, aparece um
sósia de Samuel Fuller para receber o Oscar que Fuller merecia, mas nunca levou. Enfim:
"Alma" é um exercício de liberdade.
Texto Anterior: O melhor do dia Próximo Texto: José Simão: Ueba! Arruda comprou a Bauducco! Índice
|