São Paulo, quinta-feira, 03 de janeiro de 2008

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Crítica

O trauma aparece ontem, hoje e sempre

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em "O Pescador de Ilusões" (Cinemax, 23h45), há um sujeito meio pancada das idéias graças a uma tragédia sobre a qual a história fará mistério até a revelação, que virá mais para frente. É o diretor Terry Gilliam valorizando esse passado como grande força narrativa no filme, com imagens à altura. Já no formidável "Hana-bi -°Fogos de Artifício" (TC Cult, 18h35), Takeshi Kitano dá mínima importância às causas (inclusive não fazendo imagens delas), e prefere as reverberações desses traumas.
Dentre tantas infelicidades com vários personagens, temos o policial Nishi, que tem seu casamento arruinado pela morte da filha, a mulher em depressão profunda e tal. O filme evoca o tempo anterior, mas se atém, firme, ao presente.
Já Michael Cimino vai ao olho do furacão dos acontecimentos em "Horas de Desespero" (MGM, 18h20). É o trauma surgindo em tempo real, com alucinados assaltantes (um deles, Mickey Rourke, soberbo) invadindo um típico -e arruinado- lar americano.


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