|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Comentário
Lançamentos agitam o legado do escritor
ALEXANDRE MATIAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A lenta consolidação do nome de Philip K. Dick no imaginário popular chega aos 25
anos neste 2007, quando aniversariam tanto a morte do escritor americano (ocorrida em
em 2 de março de 1982) quanto
a estréia de "Blade Runner"
(25/6), o primeiro de seus livros a virar um filme.
Desde então, o escritor de ficção científica passou não só
apenas a ser mais conhecido e
reconhecido como lentamente
o material de seus romances
começou a dizer muito mais a
respeito dos nossos dias do que
as colônias interplanetárias e
os robôs de seus contemporâneos Isaac Asimov e Arthur C.
Clarke.
"O Homem Duplo", o livro,
acaba de ser lançado pela primeira vez no Brasil (só existia
uma edição em português, na
clássica coleção lusa Argonauta). Sem nos atermos aos maneirismos futuristas do livro, a
saga do policial que tem de se
infiltrar no submundo das drogas e torna-se um viciado foi escrita em 1977, mas é atual 30
anos depois.
A mesma Rocco que lança "O
Homem Duplo" promete uma
nova edição para "Blade Runner - O Caçador de Andróides"
(lançado como "Do Androids
Dream of Electric Sheep?", em
1968) para abril, quando a editora Aleph, que lançou no ano
passado a obra-prima "O Homem do Castelo Alto" (de
1964), publica a primeira edição em português para o livro-enigma "Valis" (de 1981). A
Aleph ainda promete para o segundo semestre "Ubik" (de
1969) e "Os Três Estigmas de
Palmer Eldritch" (de 1965).
Nos EUA, acaba de sair o livro póstumo "Voices from the
Street", há dois filmes em produção sobre sua biografia (um
com Bill Pullman vivendo o escritor e o outro com Paul Giamatti no papel) e o reconhecimento oficial do governo finalmente aconteceu quando a Library of America (a Biblioteca
Nacional deles) anunciou que
irá publicar "Blade Runner",
"Castelo Alto" e "Ubik" em sua
coleção.
Isso sem contar a edição definitiva do filme de Ridley Scott,
que chega às telas no meio do
ano. Nada mal para um escritor
free-lancer obcecado, paranóico e chapado que, alucinando,
viu o nosso futuro.
O HOMEM DUPLO
Autor: Philip K. Dick
Editora: Rocco (308 páginas)
Quanto: a definir
Texto Anterior: Novo filme aborda rede de fast-food Próximo Texto: Exposição: Galeria Emma Thomas abre exposição "Bipolar" Índice
|