São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2010

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TELEVISÃO

Crítica

"Rebobine" diverte sem pompa de Gondry

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Existe uma boa ideia por trás de "Rebobine, Por Favor" (TC Pipoca, 18h05; 12 anos), em que um homem com o cérebro magnetizado destrói os teipes do seu amigo dono de uma locadora.
Para resolver o problema do amigo e satisfazer um cliente fiel, os amigos se põem a refazer cenas de filmes célebres. A rigor, é o mesmo princípio da nossa chanchada: replicar do modo possível filmes célebres da história do cinema.
É certo que Michel Gondry pode expandi-lo para algo mais teórico: toda obra de arte tem por princípio uma obra de arte passada. A arte então é um diálogo que se trama a partir de uma vontade de imitação que, frustrada, vira criação.
Mas há algo de pífio, de pouco amadurecido, na realização dessa comédia, que gerou muita expectativa por causa do nome de seu autor, mas ela não se confirmou.
Ainda assim, pelo ar de inconsequência, um filme bem mais divertido que o pomposo "O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", do mesmo Gondry.


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