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TELEVISÃO
Crítica
"Rebobine" diverte sem pompa de Gondry
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Existe uma boa ideia por trás
de "Rebobine, Por Favor"
(TC Pipoca, 18h05; 12 anos),
em que um homem com o cérebro magnetizado destrói os teipes do seu amigo dono de uma
locadora.
Para resolver o problema do
amigo e satisfazer um cliente
fiel, os amigos se põem a refazer cenas de filmes célebres. A
rigor, é o mesmo princípio da
nossa chanchada: replicar do
modo possível filmes célebres
da história do cinema.
É certo que Michel Gondry
pode expandi-lo para algo mais
teórico: toda obra de arte tem
por princípio uma obra de arte
passada. A arte então é um diálogo que se trama a partir de
uma vontade de imitação que,
frustrada, vira criação.
Mas há algo de pífio, de pouco amadurecido, na realização
dessa comédia, que gerou muita expectativa por causa do nome de seu autor, mas ela não se
confirmou.
Ainda assim, pelo ar de inconsequência, um filme bem
mais divertido que o pomposo
"O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", do mesmo Gondry.
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