São Paulo, quinta-feira, 03 de maio de 2007

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História

Microssérie simplifica Fidel e regime

LUCIANA COELHO
EDITORA-ADJUNTA DE MUNDO

Esta microssérie produzida em 2002, com base em dois livros, narra a vida do ditador cubano, Fidel Castro, dos anos como advogado no início da década de 50 até o colapso econômico de meados dos anos 90. Apesar de a produção caprichada, o diretor britânico David Attwood não consegue imprimir nuances em seu principal personagem, cuja doença e afastamento do poder desde o ano passado colocou a ilha comunista em uma encruzilhada.
O resultado é que uma narrativa complexa acaba transformada em um vídeo ingênuo de tom quase escolar (ironicamente, nada muito distante do modo como o regime ensina sua própria história).
Attwood tem mais êxito na primeira parte, que mostra a chegada de Fidel ao poder. Estão ali a vandalização da estátua do herói cubano José Martí por marinheiros americanos, que impele Fidel a seu primeiro discurso; a tomada do quartel Moncada, que o levaria à prisão e posteriormente ao exílio no México, onde conheceu Che Guevara (Gael García Bernal); e, claro, o desembarque do iate Granma, em dezembro de 1958, que culminaria na tomada do poder um mês depois.
Mas, ao optar por retratar episódios históricos pontualmente, o diretor se restringe a uma ilustração didática do regime, sem esforço de explicação nem espaço para reflexão.


FIDEL
Quando:
hoje, às 20h
Onde: Hallmark Channel


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