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História
Microssérie simplifica Fidel e regime
LUCIANA COELHO
EDITORA-ADJUNTA DE MUNDO
Esta microssérie produzida
em 2002, com base em dois livros, narra a vida do ditador cubano, Fidel Castro, dos anos como advogado no início da década de 50 até o colapso econômico de meados dos anos 90.
Apesar de a produção caprichada, o diretor britânico David Attwood não consegue imprimir nuances em seu principal personagem, cuja doença e
afastamento do poder desde o
ano passado colocou a ilha comunista em uma encruzilhada.
O resultado é que uma narrativa complexa acaba transformada em um vídeo ingênuo de
tom quase escolar (ironicamente, nada muito distante do
modo como o regime ensina
sua própria história).
Attwood tem mais êxito na
primeira parte, que mostra a
chegada de Fidel ao poder. Estão ali a vandalização da estátua do herói cubano José Martí
por marinheiros americanos,
que impele Fidel a seu primeiro
discurso; a tomada do quartel
Moncada, que o levaria à prisão
e posteriormente ao exílio no
México, onde conheceu Che
Guevara (Gael García Bernal);
e, claro, o desembarque do iate
Granma, em dezembro de 1958,
que culminaria na tomada do
poder um mês depois.
Mas, ao optar por retratar
episódios históricos pontualmente, o diretor se restringe a
uma ilustração didática do regime, sem esforço de explicação
nem espaço para reflexão.
FIDEL
Quando: hoje, às 20h
Onde: Hallmark Channel
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