No céu de maio, o Sol que transita por Touro se desentende com Urano. E aqui na Terra a humanidade pode dar uma virada radical nos assuntos que mais a perturbam, mas, para que isso aconteça, cada indivíduo haverá de abrir os braços e acolher as transformações necessárias, deixando de lado as suas tão preciosas certezas.
Não há verdade humana entre o céu e a terra que dure para sempre, pois a visão do universo é limitada pela experiência dos sentidos, que não têm como abranger a infinidade.
A humanidade se apega às certezas que norteiam seus passos como se elas fossem o porto mais seguro onde esconder-se. Quando uma certeza começa a ser transformada pela inexorável passagem do tempo, e a humanidade se recusa a aceitar essa realidade, ela mesma começa a produzir o sofrimento do qual tanto se queixa, como se esse estivesse sendo imputado por deuses cruéis que lhe querem fazer mal.
O sofrimento da humanidade é diretamente proporcional à resistência que ela opõe às transformações que, a esta altura do milênio, já estão caindo de maduras. Agora, o Sol se desentende com Urano, e a humanidade poderia acelerar o curso das transformações inevitáveis.

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