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JORNALISMO
CNN faz 25 anos e lega cobertura de guerra
LUCIANA COELHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando a CNN foi lançada nos
EUA, em 1º de junho de 1980, não
havia em lugar nenhum do planeta um canal que se propusesse a
transmitir 24 horas por dia de notícias. É de se esperar, portanto,
que a emissora do milionário Ted
Turner -hoje convertida numa
rede a cabo que serve quase 100
milhões de lares, mas cuja audiência é minada pela conservadora
Fox News- tenha desempenhado papel de destaque nas principais coberturas jornalísticas do
último quarto de século.
É isso que tenta mostrar o especial "Defining Moment: Stories
That Touched Our Lives" (Momentos decisivos: histórias que
tocaram nossas vidas), que a rede
exibe neste fim de semana.
O programa é uma espécie de
retrospectiva das grandes coberturas internacionais da rede. Da
queda do Muro de Berlim (1989)
ao tsunami que varreu a costa sul
asiática no fim do ano passado,
passando pelo imbróglio da eleição de George W. Bush (2000), está tudo ali, entremeado por depoimentos dos jornalistas, cinegrafistas e diretores que trabalham ou trabalharam para a rede.
É nas coberturas de guerra, no
entanto, que a CNN se tornou
quase imbatível. Afinal, como
bem lembra a chefe dos correspondentes internacionais da rede,
Christiane Amanpour, foi na
Guerra do Golfo (1991) que a
CNN nasceu para o mundo, ao se
tornar a primeira a televisionar
uma guerra ao vivo.
Mais importante ainda, o programa rememora outras coberturas de guerra igualmente importantes, mas menos lembradas pelo público, como a do genocídio
em Ruanda (1994) e a da Guerra
da Bósnia (1992-95).
Igualmente impressionante, no
entanto, é observar que a rede
-ao menos em suas versões
americana e internacional, já que
o programa não abrange o trabalho da CNN en Español, criada
em 1997- tem uma atuação nada
além da mediana ao cobrir a
América Latina. Das 26 sucursais
internacionais da rede, apenas
duas estão na região (Havana e
Cidade do México) -nenhuma
delas na América do Sul.
Defining Moments
Quando: sábado, às 8h e às 18h, e
domingo, às 0h, 9h, 14h e 20h na CNN
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