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Jogo de damas
Ex-apresentadoras do "Jornal da Globo", Ana Paula Padrão e Lillian Witte Fibe estréiam telejornais no SBT e na Rede 21
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um velho conhecido "boa noite" volta
amanhã à TV. Após
cinco anos dedicada
a jornais de internet,
a ex-global Lillian
Witte Fibe, 51, retoma a sua carreira como âncora de televisão, desta vez na
modesta Rede 21.
Dentro de pouco
mais de um mês,
Ana Paula Padrão,
39, que em 2000 a
substituiu na bancada do "Jornal da
Globo", estréia no
SBT. Fora o passado comum, Lillian e Ana Paula têm agora missão semelhante: convencer telespectador e anunciante de que o
projeto de jornalismo dessas duas
emissoras desta vez é para valer.
Com tantas idas e vindas na
programação, "Aqui Agora" e
"âncoras" de pernas de fora no
currículo, Silvio Santos precisava
de um nome forte para reerguer a
imagem do SBT. Não é muito diferente o caso do 21, estação UHF
do grupo Bandeirantes. Após tentar se vender com slogans que iam
de "TV da cidade de São Paulo" a
"canal de séries antigas", teve de
investir na grife de Lillian para
emplacar o novo rótulo: "Emissora fechada na TV aberta".
Lillian dará personalidade e novos colunistas ao "Jornal
21", já em exibição.
Com estrutura menor do que a prometida por Silvio Santos
a Ana Paula, a âncora do 21 optou por
um telejornal de
"análise e explicação
das notícias com as
quais o telespectador
já foi bombardeado
ao longo do dia".
Ana Paula vive o
"sonho dourado" de
começar completamente do zero. Define cada passo do projeto, da contratação do motorista
ao esquema de TVs afiliadas e
correspondentes internacionais.
Encontrou o jornalismo do SBT
com ares de Bagdá -17 contratados- e quer dar ao departamento pinta de Nova York. Brigará pelo furo, até com a superestrutura
da Globo, que ela bem conhece.
Em comum nos dois projetos, o
nome de duas mulheres conhecidas pela "personalidade forte" na
apresentação e resistência ao engessado modelo da Globo.
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