São Paulo, sexta-feira, 03 de julho de 2009

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Segredo de Uma

Nova musa da Givenchy, Uma Thurman defende publicidade de grifes com atrizes

SILVANO MENDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS

Depois de Liv Tyler e Justin Timberlake, Uma Thurman integra o time das estrelas que representam os perfumes Givenchy. A atriz de "Kill Bill" será a garota-propaganda de "Ange ou Démon - Le Secret", a fragrância da grife que chega às lojas em setembro. A marca francesa apresentou sua nova musa na semana passada, em Paris, num sofisticado jantar para 200 convidados.
Em entrevista à Folha, em sua suíte no hotel Ritz, Thurman fala de seu novo filme, "Percy Jackson em Vancouver", em que interpreta a mitológica Medusa, e comenta a polêmica sobre o número crescente de atrizes em publicidades de grifes. "Algumas marcas estão buscando uma personalidade, mais do que simplesmente um look", diz.

 

FOLHA - Recentemente, a atriz Audrey Tautou estrelou a campanha publicitária do "Chanel nº 5", e agora você representa o novo perfume da Givenchy. O que as atrizes podem trazer à publicidade de moda que as modelos não trazem?
UMA THURMAN
- Acredito que as marcas estejam querendo algo diferente. Quando convidam uma atriz, sabem que ela pode trazer mais vida à campanha.

FOLHA - Algumas modelos têm reclamado da concorrência.
THURMAN
- Eu entendo que as modelos possam se sentir frustradas, já que elas são tradicionalmente as estrelas das campanhas, que representam, aliás, contratos gigantescos. Penso, porém, que neste momento algumas marcas estão buscando uma personalidade, mais do que simplesmente um look. Por isso as campanhas com modelos diminuíram. Mas espero que os contratos voltem a ser assinados com as grandes modelos pelo mundo afora, pois há trabalho para todos.

FOLHA - Você já foi garota-propaganda do perfume "Miracle", da Lancôme, entre outros. Por que você aceitou a proposta da Givenchy?
THURMAN
- A minha história com Givenchy começou bem antes, quando eu tinha apenas dez anos e minha mãe me levou para assistir "Bonequinha de Luxo". Como o personagem de Audrey Hepburn, eu me imaginava um dia vivendo em um apartamento em Nova York com um gato (risos)... Fiquei apaixonada pelo glamour e pela elegância desse filme e acho que ele foi um dos responsáveis pela minha vontade de ser atriz. E Hubert de Givenchy [que desenhou o figurino de Hepburn] é um dos criadores dessa elegância.

FOLHA - O que você entende por elegância?
THURMAN
- É antes de mais nada uma espécie de graça. Mas não posso definir como uma única coisa, e sim vários aspectos de uma personalidade. Uma mulher ou um homem pode ser elegante com coisas simples, como saber cuidar de si.

FOLHA - Que estilistas prefere?
THURMAN
- Gosto do design atual de Givenchy, mas também sou fã há anos de Azzedine Alaïa, de Jean Paul Gaultier e de Karl Lagerfeld.

FOLHA - Quais são seus projetos atuais no cinema?
THURMAN
- Estou no meio das gravações de "Percy Jackson em Vancouver" [a atriz ficou apenas três dias em Paris para o lançamento do perfume], no qual interpreto Medusa, um personagem da mitologia que sempre gostei. Além disso, sei que quando acordo de manhã para as filmagens não preciso me preocupar com o estado do meu cabelo (risos). E fiz também "Motherhood", uma pequena produção filmada recentemente, onde faço uma mãe que prepara o aniversário de sua filha. Gosto de variar entre grandes filmes e obras mais independentes.

FOLHA - Com qual diretor você gostaria de trabalhar?
THURMAN
- Vários. Gostaria de rodar novamente com Quentin Tarantino e Woody Allen. Também adoraria trabalhar com Ridley Scott e Tony Scott. Ou ainda com Spielberg, mas ele nunca me chamou! (risos).


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