São Paulo, sexta-feira, 03 de julho de 2009

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"Show-funeral" será em ginásio para 20 mil pessoas, com telões

Mãe de dois filhos reaparece e decide se pede guarda na Justiça

SÉRGIO DÁVILA
ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES

Depois de cogitar e recuar da realização de um funeral público em Neverland, a família de Michael Jackson decidiu fazer a cerimônia em um ginásio para 20 mil pessoas no centro de Los Angeles. A informação foi confirmada por um porta-voz dos Jacksons na noite de ontem. O evento começará às 10h (14h de Brasília) de terça, e telões serão colocados em volta para os que ficarem de fora.
O ginásio, Staples Center, é sede do time de basquete Lakers. Não foram dados mais detalhes sobre a homenagem. A AEG Live, produtora dos shows que Jackson faria em Londres neste ano, deve cuidar da organização, e seu diretor chegou a falar da participação de artistas convidados, no que seria o primeiro "show-funeral" de memória recente.
Um dos obstáculos é o custo do evento. A celebração da conquista do campeonato pelos Lakers no mês passado custou US$ 2 milhões em segurança e infra-estrutura, dos quais metade foi paga por Los Angeles e pelo Estado da Califórnia. O problema é que os dois governos estão quebrados por conta da crise econômica. Até a conclusão dessa edição, não estava claro quem bancaria o evento, e se ingressos seriam vendidos.
Enquanto isso, o advogado da mãe dos dois primeiros filhos de Jackson, a ex-enfermeira Debbie Rowe, disse em teleconferência que sua cliente ainda não havia decidido se entraria com ação pela custódia. Um juiz concedeu à mãe de Jackson, Katherine, 79, a guarda provisória dos três filhos do músico -a identidade da mãe do mais novo é desconhecida.
Desde a morte de Jackson, no dia 25, Rowe não tinha se manifestado publicamente sobre o assunto. Em entrevista a uma emissora ontem, sugeriu que poderia pedir a guarda dos filhos e uma ordem que restringe o acesso do avô paterno, Joe Jackson, aos netos.
Segundo detalhes do fundo estabelecido pelo testamento do músico, sua mãe receberia 40% de tudo o que Jackson deixou; outros 40% iriam para seus três filhos; e 20% iriam para instituições de caridade não indicadas. Nem Rowe nem o pai, a quem Jackson acusava de o espancar, são beneficiados.
Ontem, sete dias após a morte de Jackson, Barack Obama finalmente se pronunciou sobre o assunto. À Associated Press, o presidente o chamou de "um dos grandes" e disse: "Ainda tenho todas as coisas dele no meu iPod".


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