São Paulo, domingo, 03 de julho de 2011

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CRÍTICA COMÉDIA

Seis pinguins dão um baile em Jim Carrey

"Os Pinguins do Papai" não convence ao pôr de lado o humor físico do ator para apostar em lições edificantes

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Inspirado em um romance infantil de sucesso, "Os Pinguins do Papai" não é a típica comédia maluca em que Jim Carrey deita e rola com seu humor físico. Trata-se de uma comédia familiar com pretensões edificantes.
A estratégia é simples: as crianças se divertem com as caretas do ator e suas trapalhadas com um bando de pinguins, enquanto os pais se emocionam com o lado sentimental da história. Mas a mistura não convence.
O papai do título é o senhor Popper (Carrey), um solitário e bem-sucedido empreiteiro que se distanciou dos filhos após o divórcio.
Capaz de fechar qualquer negócio, ele se dedica de corpo e alma ao trabalho. Mas tudo muda quando ele recebe seis pinguins do polo Sul.
Os animais passam a viver em seu moderníssimo apartamento, e as confusões começam. Cada pinguim recebe um apelido. Assim, temos Lesado ou Fedô, que vive tendo acessos de flatulência.
Enquanto "gags" e quiproquós se repetem à exaustão, Popper percebe o quanto se distanciou dos filhos. Os pinguins acabam por criar condições para uma reaproximação, dando impulso à vertente "família" da trama.
Popper vai em frente e, como "sem noção" que é, aproveita a situação para reconquistar a ex (Carla Gugino).
Uma aventura com sua assistente, uma sonsa que fala com rimas sem se dar conta, seria mais engraçada.
O destaque do filme são os pinguins, muito mais espontâneos do que Carrey.



OS PINGUINS DO PAPAI
DIREÇÃO Mark Waters
PRODUÇÃO EUA, 2011
ONDE nos cines Espaço Unibanco Pompeia, Santana Parque Shopping UCI e circuito
CLASSIFICAÇÃO livre
AVALIAÇÃO regular



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