DA REPORTAGEM LOCAL

Se você vai acompanhar a cobertura dos festivais do hemisfério Norte, guarde este nome: Ladytron. A dica ainda vale para quem não quer saber dos shows na gringolândia. Se gosta de pop feliz, precisa conhecer Ladytron.
Formada em 98, em Liverpool, a banda é das atrações mais concorridas nos festivais de Leeds, onde tocam dia 24, e no Reading, dia 26. Com pop eletrônico suave, de músicas fofas e animadas que remetem à dance music dos anos 80, o Ladytron se transformou na banda ternurinha da temporada.
Com apenas um disco, "604", a formação não poderia ser mais simétrica: são duas moças, cantando e tocando sintetizadores (Helen Marnie, 23, e Mira Aroyo, 24), e dois rapazes, tocando sintetizadores e bateria eletrônica (Daniel Hunt, 26, e Reuben Wu, 26).
Hunt, que também produziu o CD, falou em entrevista à Folha. Leia, a seguir, trechos. (CA)

Folha - Vocês vão tocar em festivais importantes e têm destaque em jornais e revistas. Estavam ansiosos por isso?
Daniel Hunt - Não direi que não. Tivemos sorte de evitar coisas chatas que as bandas têm de engolir para "acontecer", mas não começamos ontem. Nossas primeiras demos têm anos. Acho que é um tempo razoável.

Folha - Que tipo de música influenciou o som do Ladytron?
Hunt - Bandas francesas, como o Daft Punk, o Air, o (japonês) Cornelius, mais na atitude do que no som, selos japoneses, como Disko B, Kitty Yo, Bungalow, Gigolo...

Folha - Se uma pessoa de mais idade perguntasse como é a música do Ladytron, você diria...
Hunt - Que é música pop eletrônica, com influências de vários períodos. Os anos 80 estão lá, mas também há os 60. Diria que fazemos pop, simples e puro.



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